O líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), negou nesta sexta-feira (18) que o partido esteja discutindo um plano B à candidatura do ex-presidente Lula (PT), que está preso há mais de um mês, cumprindo pena de 12 anos e um mês a que foi condenado na Operação Lava Jato.

Para o parlamentar, o partido tem peso político e só deve passar a adotar uma alternativa dentro da própria sigla se o nome de Lula for inviabilizado pela Justiça Eleitoral.

Ele está inelegível por causa da Lei da Ficha Limpa. “Não tem como esse partido não ter candidato a presidente da República e logicamente o nosso candidato é Lula, que está à frente nas pesquisas.

Nós vamos insistir nessa candidatura.

Só e somente se houver o impedimento judicial vamos discutir alternativa.

E eu também tenho tranquilidade para dizer que se houver essa necessidade será um nome do PT”, afirmou o senador ao deixar um encontro de governadores do Nordeste e de Minas Gerais no Palácio do Campo das Princesas, em Pernambuco, no início da tarde.

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As bancadas petistas na Câmara dos Deputados e no Senado lançaram nessa quinta-feira (17) uma nota conjunta defendendo que não há plano B a Lula dentro do partido.

A movimentação foi após nomes do partido afirmarem que não seja construída apenas a candidatura do ex-presidente.

Um deles foi o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), que defendeu aliança da legenda com o pré-candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes, em entrevista ao Estadão.