Professores da rede privada de ensino de Pernambuco rejeitaram a contraproposta patronal e decretaram Estado de Greve, em assembleia geral realizada na sede do Sinpro Pernambuco e nas Subsedes de Caruaru, Petrolina, Limoeiro e Garanhuns.
A decisão foi tomada diante da negativa do Sindicato Patronal a todos os pontos da pauta reivindicatória da categoria e a sugestão de “retirada de direitos” da atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). “Os profissionais da educação decidiram por unanimidade dar o alerta aos donos de escolas que a partir de agora a categoria pode decretar greve por tempo indeterminado”.
O Sinpro Pernambuco diz que a educação no Brasil tem sido um dos setores da economia mais rentáveis. “O setor educacional brasileiro passa por um intenso processo de mercantilização.
As escolas particulares aplicam um reajuste de em média 15% nas mensalidades no início do ano, um índice acima da inflação, com a justificativa de arcar com o pagamento dos educadores.
No entanto as escolas particulares apresentam aos professores e professoras uma pauta que nega os pleitos da categoria, um reajuste sem ganhos reais e aumento da jornada de trabalho dos docentes”. “O retrato da educação privada é marcado pela exploração excessiva do trabalho docente, pela péssima remuneração e pela desvalorização profissional.
Além disso se constitui também através de sérias irregularidades e desrespeito às leis trabalhistas”, afirmou o presidente do Sinpro Pernambuco Helmilton Bezerra.
Uma próxima assembleia com os educadores para decidir os rumos do movimento está marcada para o dia 22 de maio, às 14 horas, na sede do Sinpro Pernambuco e nas Subsedes de Caruaru, Petrolina, Limoeiro e Garanhuns.