Nesta quarta-feira, em Brasília, o governador Paulo Câmara teve uma audiência com o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, sucessor do deputado federal Bruno Araújo, na pasta.
Depois da audiência, sem citar o adversário Bruno Araujo, Paulo Câmara divulgou que recebeu a notícia de que parte do projeto de saneamento do município do Paulista estava em processo de cancelamento, pois, na gestão anterior do Ministério (de Bruno Araujo), de um contrato de R$ 446 milhões, apenas R$ 40 milhões tinham sido empenhados, colocando em risco os R$ 400 milhões restantes do convênio original. “Ficou acertado que o presidente da Compesa, Roberto Tavares, virá na próxima semana, para fazer uma pactuação minuciosa com a equipe técnica do Ministério, no sentido de destravar obras importantes de esgotamento sanitário como em Arcoverde, Timbaúba, Recife, Ipojuca e Paulista”, afirmou Paulo.
Bruno Araujo rebateu, nesta quinta-feira, após ler os termos aqui .
Veja a nota do deputado federal Bruno Araujo Sem citar Bruno Araújo, Paulo Câmara diz que R$ 400 milhões para saneamento em Paulista foram cancelados A ineficiência da Compesa foi a razão da ameaça de cancelamento de projeto de saneamento no Município de Paulista.
A empresa do Governo pernambucano simplesmente não conseguiu usar os recursos que o Ministério já havia garantido para as obras.
O governo estadual alegou, em informação publicada neste blog, que de um contrato de R$ 446 milhões para o município, apenas R$ 40 milhões foram empenhados pela pasta, deixando em risco os demais valores.
Não é verdade.
Até minha saída do Ministério, em novembro do ano passado, a Compesa não tinha sequer conseguido licitar esse valor já empenhado de R$ 40 milhões.
A empresa só licitou R$ 19 milhões, recursos que a pasta prontamente autorizou.
Se dependesse exclusivamente do Ministério, o montante a ser contratado seria de R$ 40 milhões garantidos pelo setor financeiro da pasta, muito mais elevado do que a capacidade apresentada pela Compesa.
Em fevereiro de 2017 estive em Paulista na cerimônia de autorização do início das obras e lá fiz um desafio público: se a Compesa investisse rapidamente os R$ 19 milhões nas ruas, eu garantiria a liberação do restante.
Eu disse literalmente, na frente do governador: “Quando essas obras estiverem concluídas, outros R$ 20 milhões já estão garantidos para novas obras no município.
Precisamos entregar as obras para a população que espera melhoria na qualidade desse serviço”.
Não conseguiram fazer a parte deles!
Além disso, a despeito da argumentação do Governo publicada no blog, nenhum contrato é cancelado por suposta falta de empenho.
O que faz a proposta ser anulada é o não cumprimento de cláusulas pelo tomador de recursos, no caso a Compesa.
Ou seja, houve deficiência de gestão.