O Comitê de Enfrentamento e Repressão ao álcool e Drogas em Fernando de Noronha, instituído pela Administração Distrital e que conta com a participação de diversos órgãos, como o Ministério Público, Conselho Tutelar e Conselho Distrital, promoveram o primeiro módulo do curso de treinamento de policiais militares que irão atuar no arquipélago de Fernando de Noronha.
O encontro foi organizado em parceria com o Ministério Público e Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) e aconteceu no Escritório de Apoio do Distrito Estadual, com a presença de policias da Rocam, CipCães, Cipoma, Batalhão de Trânsito e Ciatur.
Na ocasião foram tratados temas como a abordagem policial na ilha; métodos de policiamento ostensivo; comportamento dos ilhéus; bem como questões relativas à conduta privativa dos policiais em serviço no arquipélago.
Os superintendentes de Assistência Social, Sandra Lima, de Saúde, Fernando Magalhães, Jurídico ,Domingos Sávio e o Diretor de Planejamento, Coronel da reserva Josberto Sobrinho apresentaram as características geográficas, sociais e culturais da ilha e o promotor de Fernando de Noronha, Alfredo Pinheiro, tratou de questões relevantes sobre a atuação da policia na ilha. “Nossa ideia aqui é detalhar, prioritariamente, o perfil do ilhéu que vive em Noronha, abordando questões que são importantes na atuação do policial durante seu trabalho.
A abordagem, a aproximação e a conversa do policial em atuação precisa ser diferenciado em Noronha, cuja convivência social é bem diferente daquela que conhecemos no continente.
Lá, temos que lidar com questões como o controle migratório, assunto que não vemos em nosso dia a dia no Recife, por exemplo”, disse o promotor de Justiça que atua na ilha, Alfredo Pinheiro.
A intenção é que sempre que houver mudança das equipes seja feita essa orientação para que os policiais entendam as demandas locais e que possam trabalhar de forma mais condizente com as peculiaridades do arquipélago e a expectativa é envolver também a Polícia Civil e Polícia Federal no treinamento.
Para a superintendente de Assistência Social, Sandra Lima, esta ação visa humanizar o atendimento da polícia na comunidade noronhense. “Temos que promover uma cultura de paz; respeitando a legislação e ao mesmo tempo a cultura local” disse a assistente social.
De acordo com o superintendente Jurídico, Domingos Sávio, o papel dos policiais na ilha seria muito mais do que repressor. “A gente não pode esquecer que os policiais estão na vitrine e são as inspirações de muitas crianças e adolescentes.
E por serem estas fontes de inspiração eles tem muito que contribuir”, afirmou.
A reunião do O Comitê de Enfrentamento e Repressão ao álcool e Drogas acontece mensalmente e a meta é receber sempre os novos praças e policiais civis que chegam à ilha a serviço.