O deputado federal e presidente do PSD de Pernambuco, André de Paula, avaliou que a decisão do ex-ministro Joaquim Barbosa (PSB) de não ser candidato a presidente da República fortalece ainda mais a tese de que o PSB e o PT estarão junto em Pernambuco na próxima eleição.
O deputado disse isto em entrevista ao radialista Alberes Xavier, no programa Cidade em Foco da Rede Agreste de Rádio, e falou sobre diversos temas. “Quem conhece o ex-ministro Joaquim Barbosa, sabe que ele é um homem de pavio curto, sabe que ele é uma pessoa de temperamento forte, sabe que esse convívio dentro de um partido político feito de última hora, dificulta muito esse relacionamento.
Então eu não diria que foi uma surpresa para mim, diante deste perfil que ele tem”, analisou. “Eu acho que a saída do ministro Joaquim Barbosa, fortalece sim a possibilidade de uma aliança com o PSB e o PT em Pernambuco.
Fortalece sim a defesa que faz o senador Humberto Costa no âmbito do PT para essa aliança.
Acho que esse novo fato tem clara repercussão na política de Pernambuco”.
André, que tem seu nome lembrado para assumir uma candidatura majoritária no palanque da Frente Popular, afirmou ainda que não veta a entrada do PT no projeto do governador Paulo Câmara (PSB). “Eu nem faço política aceitando vetos e nem veto ninguém (…).
Se nós entendermos que o espaço do PT é o Senado ou a Vice, em fim, se essa for a construção, a vaga que couber ao PT, cabe ao PT indicar.
Dentro da estratégia, esse é um direito que o PT tem”.
Ao comentar o projeto do PSD a nível nacional, o deputado afirmou que é uma questão que ainda será discutida, mas confirmou que o partido estará apoiando o projeto de João Dória ao Governo do Estado de São Paulo. “Essa questão ainda não está sendo discutida (…), ainda está longe de ocorrer essa decisão. É importante que a gente lembre que há uma ligação histórica do ministro Gilberto Kassab com o PSDB de São Paulo, e nesse momento o PSD de São Paulo estará ao lado do PSDB apoiando a candidatura de João Dória”, disse.
André de Paula disse que a prioridade do PSD Nacional deverá ser aumentar sua expressão no Congresso Nacional. “Já que nós não temos uma candidatura natural a presidente da República, o nosso objetivo prático deve ser eleger o maior número possível de parlamentares, para que o partido possa ter uma expressão política ainda maior na próxima Legislatura”, afirmou.