Por meio de nota oficial, o Sindicato dos Professores do Cabo (SINPC) desaprovou o reajuste salarial proposto pelo governo municipal anunciado ontem (3), pelos principais meios de comunicação.
A entidade disse rechaçar o percentual de 2.95% e o considera ‘vergonhoso’ para todos os servidores públicos do município.
O Cabo de Santo Agostinho tem a 4ª maior renda do Estado e a terceira maior das cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR).
De acordo com a presidente do SINPC, Joseilda Barboza, a gestão Lula Cabral, age com uma falta de respeito com os professores. “Quando estávamos numa mesa de negociação, a fim de garantir o piso salarial nacional que é de 6.81%, estabelecido pelo MEC, seguindo a Lei Nº 11.738/2008, o governo do “Novo Tempo” tem a discrepância de noticiar um reajuste de 2.95% sem dialogar, demonstrando descaso pelos profissionais da educação”, disse Joseilda, na nota. “Além de massacrar os professores, com um percentual abaixo do que determina o MEC, o Plano de Cargos e Carreiras, que é uma conquista da categoria da Educação, está sendo rasgado por uma política salarial de “arrocho”, que inviabiliza o poder de compra do servidor e a sua qualidade de vida”. “Esse governo é inimigo dos professores, porque tem praticado uma desmoralização da categoria, pois jogou na imprensa a informação do aumento salarial e nós negociando para quê?”, disse o professor José Francisco Filho, 30 anos na rede municipal. “A gestão só quer repassar 2.95% e descontar 3% para alíquota da Previdência, no qual aumentou de 11 a 14%, no mês de abril.
Todavia, haverá uma perda de 0,5% dos salários de todos os professores”.
O SINPC informou que, em nenhum momento, o piso salarial foi pago este ano, conforme divulgado pelo Cabo, na imprensa, colocando o Cabo como o primeiro município do País a reajustar os vencimentos dos servidores recompondo em 100% as perdas da inflação de 2017. “Essa afirmação é falsa e irresponsável, já que o governo selecionou 142 professores que tiveram um acréscimo 6,81%, porém não incorporado no salário base, e sim apresentado a parte como uma gratificação, o que faz o governo ser contraditório é o fato de acatar a lei do piso para um pequeno grupo de professor e assim o fez de forma erronia e para a grande maioria apresenta um reajuste de 2.95%, desrespeitando o Plano de Cargo e Carreira e o Estatuto do Magistério e com isso, tenta unificar a nossa categoria com os demais servidor público municipal”.
Na próxima terça-feira (8), o SINPC convocou a categoria para assembleia, às 7h30, na Escola Municipal Dr.
Marivaldo Burégio de Lima.
Em seguida, os professores irão até a Câmara de Vereadores às 10h, protestarem para que o projeto de reajuste salarial não seja aprovado pelos vereadores.