Hostilizado em visita ao local do prédio que desabou nessa terça-feira (1º) em São Paulo, o presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta quarta-feira (2) que esperava a reação dos manifestantes.

Apesar de ter minimizado os protestos, Temer disse: “O mal seria eu não revelar a autoridade de presidente, temeroso de uma ou outra hostilidade que sempre é negativa, sempre é negativa, não é útil, acho que o País precisa tomar critérios de educação cívica”. “Mas eu não me incomodei minimamente com isso”, afirmou o emedebista. “Eu não me incomodo com isso, o importante era o gesto de autoridade, porque você é Presidente da República, em um caso como esse, convenhamos, uma tragédia das mais dramáticas, e com gente, naturalmente, muito carente, muito pobre.

E eu estando em São Paulo e não comparecer lá, seria objeto de críticas, vocês estariam fazendo a pergunta ao reverso.

Eu sabia que, indo lá, eu teria alguma hostilização.” Michel Temer estava em São Paulo quando o prédio de 24 andares na área do Largo do Paissandu, na região conhecida como centro velho, pegou fogo e desabou.

O edifício Wilton Paes de Almeida é da União e era ocupado por 146 famílias da Frente de Luta pela Moradia.

Antes, havia servido como sede da Polícia Federal.

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil Em entrevista ao deixar o local, Temer disse que não houve pedido de reintegração, porque as pessoas eram pobres e se encontravam em uma situação de vulnerabilidade.

No entanto, a Secretaria Municipal de Habitação atuava na ocupação do edifício por meio do grupo de Mediação de Conflitos, uma vez que no local estava previsto haver a reintegração de posse, movida pela Secretaria de Patrimônio da União.

Uma vez desocupado, o imóvel seria cedido à Prefeitura.

Questionado sobre os recursos que seriam repassados para o auxílio às vítimas, Temer afirmou que ainda iria conversar com o ministro da Integração Nacional, Antônio de Pádua, sobre o valor.