Do Blog de Jamildo, com Estadão Conteúdo e Agência Brasil Sob protestos e gritos de “golpista”, o presidente Michel Temer (MDB) saiu escoltado, nesta terça-feira (1º), do local onde um prédio pegou fogo e desabou em São Paulo. “Eu não poderia deixar de vir aqui, sem embargo dessas manifestações, afinal eu estava em São Paulo e ficaria muito mal eu não vir aqui dar apoio aqueles que perderam suas casas”, afirmou em rápida entrevista coletiva ao deixar a área, chamada Largo do Paissandu, na região conhecida como centro velho.
Após a saída de Temer, o Palácio do Planalto encaminhou uma nota à imprensa em que afirma que o emedebista determinou ao ministro da Integração Nacional, Antonio de Pádua, o “empreendimento de todos os esforços para minimizar os danos causados”. “O presidente Temer esteve no local para comunicar que o governo federal está tomando providências”, diz ainda o texto.
Em visita ao prédio que desabou, o golpista Michel Temer foi hostilizado em São Paulo. pic.twitter.com/gdQHTm0cot — CUT Brasil (@CUT_Brasil) 1 de maio de 2018 O prédio pegou fogo e desabou durante a madrugada.
O edifício é da União e era ocupado por famílias da Frente de Luta pela Moradia.
Antes, havia servido como sede da Polícia Federal.
Segundo Temer, não houve pedido de reintegração, porque as pessoas eram pobres e se encontravam em uma situação de vulnerabilidade.
No entanto, a Secretaria Municipal de Habitação atuava na ocupação do edifício por meio do grupo de Mediação de Conflitos, uma vez que no local estava previsto haver a reintegração de posse, movida pela Secretaria de Patrimônio da União.
Uma vez desocupado, o imóvel seria cedido à Prefeitura.
A pasta realizou seis reuniões com as lideranças da ocupação, entre fevereiro e abril, para esclarecer a necessidade de desocupação do prédio, por conta do risco e da ação judicial.
Por enquanto, há pelo menos três versões para o início do incêndio no edifício de 24 andares.
No local, pessoas contaram que houve uma briga entre dois moradores no 5º andar.
Já o pastor da Igreja Evangélica Luterana, Frederico Carlos Ludwig, disse que a zeladora da entidade foi acordada por uma violenta explosão.
Algumas pessoas relataram que o incêndio pode ter sido causado pela explosão de uma panela de pressão ou de botijão de gás.
Durante o incêndio, o prédio desabou.
Outro prédio e uma igreja também foram afetados.