Estadão Conteúdo- Após mais de dez horas de espera, Pedro Parente, presidente da Petrobrás, foi eleito nessa quinta-feira, 26, presidente do conselho de administração da BRF.
O nome havia sido acertado no último dia 19 pelos principais acionistas.
Augusto Cruz (ex-Pão de Açúcar) será o vice-presidente.
O presidente Petrobrás foi eleito pelos acionistas por aclamação, proposta por Luiz Fernando Furlan, às 21h20 de quinta. “Proponho a escolha de Parente por aclamação no sentido de pacificar a empresa”, afirmou o ex-ministro na assembleia.
Os acionistas da BRF finalizaram a votação após atrasos e certo tumulto sobre a dinâmica de votação.
Foram eleitos, além de Parente e Cruz, os outros oito nomes indicados: Dan Ioschpe, Flávia Buarque de Almeida, Francisco Petros, José Luiz Osório, Luiz Fernando Furlan, Roberto Antonio Mendes, Roberto Rodrigues e Walter Malieni.
O novo conselho se reúne nesta sexta-feira, 27, de manhã em São Paulo.
A reunião dessa quinta-feira foi realizada em Itajaí, no litoral de Santa Catarina, e contou com a participação presencial de cerca de 40 acionistas e representantes de investidores que passaram o dia na sede da empresa.
Nem todos esperaram o desfecho do dia.
Previa-se uma reunião rápida e sem percalços, mas houve uma reviravolta antes mesmo de começar.
Até a manhã dessa quinta, a votação seria feita por chapa e não por nomes.
Porém, a escolha acabou sendo feita por voto múltiplo, após a Comissão de Valores Mobiliárias (CVM) recomendar que a escolha fosse feita por voto múltiplo.
Esta alteração foi um dos principais motivos para os atrasos na reunião que estava marcada para as 11h e só começou de fato às 17h40.
O encerramento ocorreu por volta das 21h30.
A mudança causou questionamentos entre os participantes.
A contagem dos votos presenciais foi tumultuada.
Acionistas tiveram dúvidas na hora de votar de acordo com a estratégia do voto múltiplo, já que vieram preparados para fazer a escolha por chapa.
Os acionistas precisaram votar uma quantidade de ações, do total detido, em cada um dos candidatos.
O nome de Parente, que está à frente da Petrobrás desde junho de 2016, foi proposto pelo empresário Abilio Diniz, no comando do colegiado desde 2013, e teve apoio da gestora brasileira Tarpon, e dos fundos de pensão Petros (Petrobrás) e Previ (Banco do Brasil).
A perspectiva é de que Parente terá condições de conduzir a reestruturação da companhia, que passa por fortes turbulências.
Petros e Previ ingressaram com pedido de destituição do conselho no início de março após a BRF anunciar prejuízo de R$ 1,1 bilhão em 2017.
Os resultados negativos foram atribuídos pelos fundos ao comando de Abilio.
As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.