Nesta quinta, a Alepe sediou audiência pública para tratar do processo de privatização da Eletrobrás e, consequentemente, a privatização da Chesf.

O deputado estadual Isaltino Nascimento participou do evento e levantou uma questão. “Como pensam os mais de 140 deputados federais que compõem a bancada nordestina na Câmara? É bom que a população da região saiba o posicionamento de cada um deles”, ressaltou o deputado.

Outra sugestão dada por Isaltino foi também a de provocar o Ministério Público Federal formalmente e saber a opinião de procuradores e da procuradora geral da República, Raquel Dodge. “Da mesma forma precisamos levar nossos questionamentos ao Tribunal de Contas da União, uma vez que seu papel é analisar e cuidar das contas do bem público.

Vamos esperar Temer vender a Chesf para sabermos se o processo é legítimo ou se vai trazer prejuízo ao erário público?”, questionou Isaltino.

O deputado defendeu a urgência de ingressar com uma ação popular contra a privatização do sistema Eletrobrás junto ao Tribunal Regional Federal.

O evento na Alepe foi coordenado pelos deputados federais Danilo Cabral e Luciana Santos.

Participaram do evento funcionários da Chesf, representantes de sindicatos e órgãos de classe, além dos deputados estaduais Nilton Mota, Laura Gomes, Odacy Amorim, Tereza Leitão e Lucas Ramos.

A pergunta feita por Carlos Marum, no final de semana passado, em evento na Reserva do Paiva, no Cabo, ficou sem resposta. “Quem vai capitalizar a empresa Eletrobras?

Ela precisa de R$ 15 bilhões por ano para funcionar e investir, para cumprir sua missão”.

O deputado federal Danilo Cabral (PSB\PE) coordenou a audiência.

Danilo é um dos parlamentares críticos à proposta de venda do setor elétrico brasileiro e aproveitou a oportunidade para chamar a população a se engajar na luta.

Entre os impactos da privatização, o socialista teme, entre outras questões, o aumento da conta de luz.

A deputada Luciana Santos (PC do B) também esteve presente na audiência.

Ela e o socialista foram os autores dos requerimentos feitos a Comissão Especial da Câmara Federal que analisa o PL, solicitando a realização da audiência no Recife.

Na mesa, além deles, estava o deputado estadual Lucas Ramos (PSB), que preside a Frente Estadual em Defesa da Chesf, representantes dos Sindicatos dos Urbanitários e dos Engenheiros de Pernambuco, além de técnicos do setor, como Mozart Bandeira (ex-diretor da Chesf), Vicente Guillo (ex-presidente da ANA – Agência Nacional das Águas) e José Carlos Miranda, ex-presidente da Chesf e atual vice-presidente da Academia Pernambucana de Engenharia.

A presidência da Companhia foi convidada, mas não mandou representante, possivelmente por saber que se tratava de um jogo de cartas marcadas, onde não haveria possibilidade de debate.

Os políticos estavam usando a Chesf como palanque político, em ano de eleições.

O deputado Danilo falou sobre o andamento dos trabalhos na Comissão Especial que trata o PL.

Ele informou que audiências como a de ontem estão acontecendo em diversos Estados, onde há empresas controladas pela Eletrobrás. “Estamos lutando para barrar essa privatização.

Vender a Chesf é vender o Rio São Francisco (o Rio é Nacional, controlado pela União, não pode ser vendido jamais). É entregar à iniciativa privada o nosso patrimônio”, disse, defendendo a continuidade do debate. “Um tema tão importante como esse não pode ser tratado dessa forma, sem que a sociedade conheça, de fato, as consequências dessa venda.

A Aneel já anunciou que a conta de luz vai sofrer aumento de 17%, caso haja a privatização do setor”, disse.

Esse ponto foi um dos mais citados na audiência.

A plateia, formada em sua maioria por servidores da Companhia, questionou os impactos da privatização no que se refere ao aumento da conta de luz.

Também houve questionamento referente ao valor de venda da Eletrobrás, R$ 12 milhões anunciado pelo Governo Temer.

ADIN - O deputado Danilo Cabral aproveitou para informar que o PSB, entrou nesta quinta com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) para derrubar o decreto presidencial que autoriza o início dos estudos para a privatização da Eletrobrás.

Segundo os socialistas, o decreto do presidente busca gerar uma pressão e passar por cima do PL 9463/18, que está tramitando na Câmara dos Deputados. “Não vamos permitir que o governo atropele o Congresso e a sociedade sem permitir que o debate ocorra”, disse Danilo. É o PSB voltando ao seu curso demagógico natural.

Arraes, com um discurso vazio, já bradava lá atrás. “O Rio é do Povo”.

Grande platitude, para se opor a privatização da estatal no governo FHC.

A geração de energia ficou de fora e so se conseguiu aumento da eficiência na distribuição.