A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) se esquivou de perguntas de jornalistas sobre a sua intenção de disputar as eleições este ano em tom de brincadeira, nesta segunda-feira (23), na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. “Depois que eu sofri o impeachment fiquei uma pessoa muito esperta”, afirmou a uma das repórteres que participava de uma coletiva.
A petista explicou que queria destacar a defesa de Lula (PT) e, se respondesse aos questionamentos, viraria manchete.
No último dia 6, após a decretação da prisão de Lula, afirmou-se nos bastidores que Dilma teria decidido se candidatar ao Senado em Minas Gerais.
Dilma teve a visita a Lula negada esta tarde pela juíza Carolina Moura Lebbos, da 12ª Vara Federal de Curitiba.
Além dela, a magistrada impediu a visita da presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), e de uma comissão de deputados federais.
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Antes, Carolina Moura Lebbos já negou visitas a Lula que haviam sido solicitadas pelo escritor argentino Adolfo Pérez Esquivel, Prêmio Nobel da Paz em 1980, e do teólogo Leonardo Boff.
Um grupo de governadores também tentou visitar o petista, mas teve a entrada na Superintendência da PF negada.
A magistrada ressaltou que a regra vale para todos os presos no local. “O alargamento das possibilidades de visitas a um detento, ante as necessidades logísticas demandadas, poderia prejudicar as medidas necessárias à garantia do direito de visitação dos demais”, escreveu.