Opositor do PSB em Pernambuco, o deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE), ex-ministro das Cidades no governo Michel Temer (MDB), afirmou nesta sexta-feira (20), em evento do Lide Pernambuco, que o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa será alvo de questionamentos em uma eventual campanha presidencial.
O tucano ironizou a aposentadoria dele, solicitada 11 anos antes de ser afastado compulsoriamente. “Pressão por pressão, nada pode ser maior do que a presidência da República.
Não dizia que não tinha condições de saúde?”, falou Bruno Araújo sobre os motivos apontados para ter se aposentado de forma precoce, em 2014.
LEIA TAMBÉM » Eduardo Campos sofreu mais resistência do que Barbosa, diz Siqueira » PSB vê Joaquim Barbosa alinhado à diretriz econômica da sigla » Não convenci a mim mesmo que devo ser candidato, diz Joaquim Barbosa » Tadeu Alencar: ‘Candidatura de Joaquim Barbosa não divide forças progressistas’ “É legitimo que todos possam numa democracia pleitear a candidatura à presidência, mas as pessoas também vão ter que dar a cara para dar explicações.
Como explica que uma pessoa tenha pedido aposentadoria 11 anos antes do tempo?”, questionou o deputado. “Joaquim Barbosa vai ter que ir para o enfrentamento, vai ser questionado, sim”, disse.
Sobre o problema de saúde que o impedia, desde 2008, de ficar sentado durante todas as sessões do Supremo por causa de dores, o tucano também ironizou: “imagina na campanha presidencial”.
Após meses de especulações e conversas com o PSB sobre a possibilidade de candidatura à presidência da República, Joaquim Barbosa se filiou ao partido no último dia 6.
Nessa quinta-feira (19), participou da primeira reunião com a comissão eleitoral da sigla, em Brasília.
Saiu de lá afirmando que nem ele sabe se quer ser candidato.
PSB de Pernambuco Participaram da reunião o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, vice-presidente nacional do PSB, e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, primeiro-secretário.
Ambos eram resistentes à candidatura de Barbosa.
Os dois conversam com o PT para retomar a aliança no Estado. “Essa eleição vai ser uma maravilha.
Vamos acabar com muitos discursos falsos e engodos.
Geraldo Julio e Paulo Câmara sentaram conosco para discutir o impeachment de Dilma”, lembrou.
Bruno Araújo foi do grupo conhecido como G8, que articulou o afastamento da ex-presidente, e deu o voto de número 342, decisivo para a abertura do processo. “Isso eles vão ter que explicar.
E o PT também.
O PT vai ter que explicar como se alia a um partido de Temer.” Para o tucano, a campanha vai começar a “esquentar” em agosto, quando se iniciam as inserções em rádio e televisão.