A possibilidade de candidatura do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa à presidência da República pelo PSB foi um dos assuntos mais comentados entre políticos que se encontraram em evento do Lide Pernambuco, nesta sexta-feira (20).

Questionado sobre o tema, o deputado federal Mendonça Filho (DEM-PE), ex-ministro da Educação que deixou o cargo por causa das eleições, respondeu: “Li uma declaração de que ele precisava se convencer da disposição de ser candidato.

Se ele depende de se convencer, imagina convencer os outros”.

O democrata disse, porém, que a possível candidatura de Joaquim Barbosa é legítima e “uma coisa natural”.

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O partido tem sua história e eu tenho minhas dificuldades do lado pessoal.

Não convenci a mim mesmo que devo ser candidato”, disse Barbosa.

Ele afirmou que uma eventual candidatura à presidência “afeta a vida de uma pessoa” e que ainda está pensando sobre o assunto.

Ao ser questionado se sua família seria contra, ele respondeu que “não é a favor”.

Ele usou a sua indecisão para evitar temas polêmicos.

Ao ser questionado sobre a reforma da Previdência, reforçou que ainda não é candidato.

No evento em Pernambuco, Carlos Marun criticou Joaquim Barbosa. “Não vejo nele nada que sinalize as condições para ser um comandante não mais de um processo de salvação nacional, mas de consolidação dos avanços já conquistados”, afirmou. “As coisas não são assim, como se não tivesse mais nada que fazer vou ser presidente da República.

Eu até respeito o ex-ministro, todavia ele não vai ter meu voto”.

O deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE) afirmou que Barbosa terá que dar explicações se confirmar a candidatura. “Pressão por pressão, nada pode ser maior do que a presidência da República.

Não dizia que não tinha condições de saúde?”, falou o parlamentar sobre os motivos apontados para ter se aposentado de forma precoce, em 2014. “Essa eleição vai ser uma maravilha.

Vamos acabar com muitos discursos falsos e engodos.

Geraldo Julio e Paulo Câmara sentaram conosco para discutir o impeachment de Dilma”, lembrou sobre os agora correligionários de Barbosa que buscam aliança com o PT.