O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, articulador político do presidente Michel Temer (MDB), não poupou críticas ao ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, possível candidato à presidência da República pelo PSB. “Não vejo nele nada que sinalize as condições para ser um comandante não mais de um processo de salvação nacional, mas de consolidação dos avanços já conquistados”, afirmou nesta sexta-feira (20), em evento do Lide Pernambuco. “As coisas não são assim, como se não tivesse mais nada que fazer vou ser presidente da República.

Eu até respeito o ex-ministro, todavia ele não vai ter meu voto”, afirmou Marun.

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Questionado se seria uma referência a Joaquim Barbosa, devolveu a pergunta: “Não, eu não chamei.

Estou dizendo que o Brasil não precisa de Sassás Mutemas.

Vocês acham que o Joaquim Barbosa é um Sassá Mutema?”. “O que eu digo é que o Brasil não precisa de candidaturas personalistas, não precisa de salvadores da pátria, não precisa de Sassás Mutemas.

O Brasil precisa de gente que tenha projeto.

Ser presidente da República não é fácil”, afirmou.

Temer ou Meirelles?

Em meio à indefinição do MDB sobre lançar Temer ou o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles para a cabeça de chapa, Marun ainda defendeu o nome do chefe e atribuiu a alta rejeição a ele a uma suposta “conspiração”. “As flechas envenenadas são dirigidas quase exclusivamente ao presidente Temer.

Isso produz essa rejeição”, defendeu. “Temer, não obstante à qualidade e à dimensão da sua obra, é vitima de uma grande conspiração que envolve setores desse corporativismo que sequestrou o Brasil e de setores da imprensa brasileira que fazem com que notícias boas não sejam reconhecidas como conquistas”, disse. “Isso gera essa injusta rejeição esperamos que ate a eleição a população tome conhecimento do que realmente está acontecendo no Brasil.”