Com informações da Agência Brasil A Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, é uma das duas no Nordeste que a Petrobras quer dividir com parceiros.
Devem ser oferecidos aos parceiros 60% nela e em mais três refinarias.
Em seminário nesta quinta-feira (19), na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro, a estatal anunciou que poderá reduzir para 75% sua participação no mercado nacional.
Atualmente, ela controla 99% do refino no País, com 13 refinarias.
Além da unidade em Pernambuco, outra que pode ter uma parte vendida é a Landulpho Alves, na Bahia.
Junto com a Abreu e Lima, ela tem uma capacidade de processamento de 430 mil barris de petróleo por dia.
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O estudo prevê que os dois blocos (Sul e Nordeste) serão oferecidos ao mercado simultaneamente e serão escolhidos parceiros diferentes para cada um.
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, explicou que a proposta ainda não está fechada e foi aberta à discussão pública pela importância estratégica para o fornecimento de combustíveis no Brasil.
Refinaria Abreu e Lima A refinaria foi anunciada em 2005, com a promessa de que mudaria – junto à Petroquímica Suape, em processo de venda, e ao Complexo de Suape – a realidade da região na área sul do Grande Recife.
A previsão era de que a construção das unidades – que produziriam, além de óleo diesel, gás de cozinha e coque de asfalto – sairia por US$ 2,4 bilhões, em parceria entre a Petrobras e a estatal de petróleo da Venezuela PDVSA. » Lula diz a Moro que não participou do plano de construção da Refinaria Abreu e Lima » Suíça apura propina nas Refinarias Abreu e Lima e Pasadena » Obras na refinaria Abreu e Lima renderam R$ 90 milhões em propina a PP, PT e PSB » PF indicia ex-gerente de Refinaria Abreu e Lima por corrupção Porém, a empresa do país vizinho não enviou recursos e deixou a obra em 2013, quatro anos depois de a Petrobras afirmar que havia um erro nos cálculos e que o custo seria cinco vezes mais alto, US$ 13,4 bilhões.
No ano passado, o valor já chegava a US$ 17,8 bilhões, com previsão de ainda aumentar US$ 1 bilhão.
Relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU) já apontavam sobrepreço nos contratos e em 2010 o órgão chegou a recomendar a paralisação da obra quando, em 2014, a Lava Jato expôs o esquema de corrupção na Petrobras e envolveu diretamente a Refinaria Abreu e Lima.
Só a Odebrecht, na delação premiada que veio a público em abril, apontou que as obras na Rnest renderam R$ 90 milhões em propina a PP, PT e PSB.
O projeto da Refinaria Abreu e Lima é composto por duas unidades (trens) de refino, cada uma com capacidade de processamento de 115 mil barris por dia (bpd).
No momento está em operação apenas o primeiro trem da refinaria, cuja produção começou em dezembro de 2014.