Após a oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) ir a Bodocó, município no Sertão pernambucano que entrou em situação de emergência por causa de enchentes, o deputado estadual Rodrigo Novaes (PSD), aliado do socialista, também discutiu o assunto nesta segunda-feira (16).

O parlamentar sugeriu à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) que a Casa faça uma campanha de arrecadação de donativos para os moradores da cidade e afirmou que pediu à Defesa Civil estadual um laudo técnico sobre a ponte que dá acesso à rodovia que liga Bodocó a Ouricuri, para que o governo viabilize a liberação de recursos do Ministério da Integração Nacional para a reconstrução.

Segundo o deputado, inicialmente há 333 casas e 17 prédios comerciais destruídos e 176 famílias desalojadas.

Foto: Prefeitura de Bodocó/Divulgação Novaes defendeu o Governo do Estado, alegando que a gestão de Paulo Câmara “desde as primeiras horas, tomou as providências necessárias”. “O Sertão não está preparado nem para seca nem para as chuvas.

Precisamos investir em infraestrutura rural para o armazenamento de água, além de ações que proporcionem a população uma estrutura digna para viver”, sugeriu.

Durante o fim de semana, o prefeito Túlio Alves (DEM) gravou vídeos com o deputado federal Fernando Filho (DEM), ex-ministro de Minas e Energia, e com a deputada estadual Socorro Pimentel (PTB), ambos da oposição a Paulo Câmara.

Em material publicado no Facebook da prefeitura, os parlamentares se comprometem a ajudar.

O deputado afirma na gravação que foi ao município no sábado (14) para “colocar o prefeito em contato com o Exército, o Ministério da Integração Nacional”.

A visita foi um dia depois de Alves decretar estado de emergência em Bodocó.

Recomendações ao prefeito O promotor de Justiça Eduardo Pimentel de Vasconcelos Aquino, do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), recomendou ao prefeito, em caráter emergencial, uma série de ações para minimizar e resolver os problemas.

Aquino pede prioridade em questões como a remoção de entulhos depositados nos leitos de escoamento de água das chuvas, a recuperação de áreas degradadas, no cadastramento das vítimas de enchentes e a vigilância epidemiológica da população por causa do contato com esgoto e da aglomeração nos abrigos. “O momento em Bodocó é de comoção pelas famílias e pessoas desabrigadas.

Cumpre ao Ministério Público recomendar as medidas emergenciais e cobrar o início de alternativas de médio e longo prazo, a fim de evitar futuros desastres”, afirmou. “Em paralelo, a promotoria de Justiça abrirá procedimento para acompanhar os desdobramentos do caso”.