A primeira pesquisa feita pelo Instituto Datafolha após a prisão do ex-presidente Lula (PT), publicada na Folha de S.

Paulo neste domingo (15), apontou uma queda nas intenções de voto no petista.

Lula teve 31% agora, enquanto em janeiro, após sua condenação em segunda instância, aparecia com até 37%.

Apesar disso, o petista ainda tem o dobro das intenções do segundo colocado, Jair Bolsonaro (PSL-RJ), que tem 15%.

Nos cenários com o ex-presidente, Marina Silva (Rede) fica com 10%, enquanto sem ele cresce e encosta em Bolsonaro.

Quando Lula não está entre os candidatos, brancos e nulos aumentam.

LEIA TAMBÉM » PT quer proibir Datafolha sem Lula como candidato » PDT de Ciro usará visita a Lula para se reaproximar do PT » Lula pediu para receber visitas da família às quintas-feiras » Sindicalistas de Pernambuco devem viajar a Curitiba contra prisão de Lula O Datafolha enfatiza que, como os cenários são diferentes dos analisados em janeiro, não é possível fazer uma comparação direta entre as duas pesquisas.

Os dados para esta foram coletados entre quarta (11) e sexta-feira (13), em 4.194 entrevistas em 227 municípios.

A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. » Delegados não querem Lula na sede da PF » Justiça bloqueia quase R$ 30 mi de Lula, Instituto e empresa de palestras » Ex-ministra canta em reunião para defender Lula no Senado » PT avalia como funcionar sem a presença de Lula Nos cenários sem Lula entre os candidatos, o percentual dos que declararam que vão votar em branco, nulo ou em nenhum dos outros postulantes chega a 24% no que o atual presidente, Michel Temer (MDB), aparece disputando reeleição e com o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como nome do PT.

Nesse caso, tanto o petista quanto o emedebista têm 2%.

Sem Lula, Marina Silva consegue chegar a 16%, em empate técnico com Bolsonaro, que fica com 17% em todos os cenários em que o petista não é candidato.

Além dela, Ciro Gomes (PDT) ganha força.

Enquanto com o ex-presidente na disputa o pedetista fica com, no máximo, 5%, sem ele, tem 9%.

A esquerda além de Lula Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula Antes de ser preso, Lula apareceu diversas vezes reforçando duas candidaturas da esquerda: a de Guilherme Boulos (PSOL) e a de Manuela D’Ávila (PCdoB).

Com Lula disputando, Boulos aparece com, no máximo, 1% das intenções de voto.

A comunista oscila entre 2% e 1%.

Sem o petista, Manuela chega a 3%.

Os dois nomes especulados como plano B do PT, Fernando Haddad e Jacques Wagner, não decolam nos cenários sem Lula.

O ex-prefeito de São Paulo tem 2% e o ex-governador da Bahia, 1%.

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula Joaquim Barbosa Pré-candidato pelo PSB, partido que voltou a conversar com o PT, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa ainda não dá como certo seu nome na disputa e tem um leve crescimento, dentro da margem de erro, sem Lula.

Enquanto com o ex-presidente fica com 8%, sem ele, chega a 10%.

Alckmin, Temer, Meirelles e Maia O governador de São Paulo (PSDB) se mantém estável em todos os cenários, oscilando de 6% para 8%.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aparece com 1% em todos os casos em que teve seu nome incluído na pesquisa.

Michel Temer e o agora ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles disputam no MDB quem será o candidato.

Ambos ficam com até 2% das intenções de voto.