Entrevistado no Resenha Política desta sexta-feira (13), o coronel Luiz Meira (PRP), pré-candidato ao Governo de Pernambuco para dar palanque a Jair Bolsonaro (PSL) no Estado, criticou a política de segurança do governador Paulo Câmara (PSB).

Meira afirmou que a área está “sem comando” e completou: “Pernambuco tem que ter um comandante”.

Questionado sobre a formação da chapa, já que o partido de Bolsonaro hoje integra a base da gestão socialista, respondeu que a articulação seria feita pela sua legenda e admitiu: “não entendo muito de política”.

O coronel defende mudanças na área de segurança, como a integração de vigilantes e guardas municipais nessa área e mais conversas com associações de policiais militares. “Temos que rever esse código (dos PMs) que está ai, arcaico.

O foco é outro, é segurança pública.

Tem que preparar o policial para o mundo atual.

A bandidagem cresceu, está organizada e tem tecnologia, e a gente vai ficar brigando para o 1, 2, 3, 4 (forma de cobrar disciplina dos policiais) ou porque o policial, que hoje é universitário, vem dar uma opinião?”, questionou.

LEIA MAIS » Candidato de Bolsonaro em Pernambuco quer ‘cadeia ou cova’ contra violência » Coronel Meira se filia ao PRP e partido discute candidatura » Candidatura do coronel Meira esbarra nos planos de Bivar Meira defendeu parcerias com a iniciativa privada para gerir os presídios de Pernambuco.

O pré-candidato de Bolsonaro ainda fez uma declaração que contraria o princípio do sistema: o da ressocialização dos presos. “Não pode sacrificar esse homem (referindo-se ao caso de desempregados ou pessoas em dificuldades financeiras que cometem pequenos delitos) e colocar junto de todo tipo de bandido, assaltante de banco… para bandido a lei tem que ser uma só, não tem jeito, eu não conheço um bandido que tenha mudado”.

Apesar de falar sobre segurança, o coronel Meira não apresenta propostas para outras áreas, como saúde e educação.

O pré-candidato diz que os assuntos serão estudados pela sua equipe. “Vou ter o maior respeito com os técnicos, minha ideia é colocar pessoas técnicas sem ter esses apadrinhamentos dos partidos”, disse, apenas. “Nossa equipe tem que se inteirar”. » Bivar confirma negociações para palanque a Bolsonaro com coronel Meira » Bolsonaro teve primeiro encontro com Coronel Meira em Brasília, na semana passada » Coronel Meira deve ser candidato ao governo, para dar palanque a Bolsonaro em Pernambuco Indagado sobre a capacidade de gestão, Meira comparou a administração estadual à Polícia Militar, contando a experiência como diretor de operações da corporação.

O coronel contou que foi convidado por Bolsonaro para se candidatar e afirma estar em uma “missão”.

O pernambucano entraria no PSL, mas relata que “de última hora” o seu nome foi retirado do partido, comandado nacionalmente pelo deputado federal Luciano Bivar (PE).

O presidenciável teria chamado o coronel para conversar por perceber que não estaria bem em pesquisas de intenção de voto feitas em Pernambuco.

Apesar disso, diz acreditar na própria candidatura também. “Eu não estou para brincadeira, não sou homem de brincadeira”.