Com alarde, o deputado estadual Edilson Silva (PSOL) segue na sua busca de pautas para aparecer em redes sociais, especialmente em ano de eleição.
A novidade é a tentativa de se contrapor ao comandante do Exército brasileiro, general Eduardo Villas Boas.
Na véspera do julgamento habeas corpus de Lula no Supremo, o general usou o twitter para mandar uma mensagem, interpretada por setores da esquerda como uma tentativa de intimidação do STF.
Apesar de não ter nenhuma atribuição legal para tratar da questão como deputado estadual, Edilson Silva não quis “perder a mídia” e fez um requerimento na Assembleia Legislativa contra as declarações do general.
Para Edilson Silva (PSOL), a manifestação do general é “extremamente grave”.
Na opinião do líder do PSOL, houve “tom de ameaça” do general.
Edilson quer que Paulo Câmara tome conhecimento de sua reclamação contra o general do Exército. “Edilson pediu que o governador Paulo Câmara tomasse conhecimento da reclamação.
Vai ver Edilson pensa que tem general na PM, né?”, ironiza um deputado estadual também da oposição, sob reserva de fonte.
Agora liderado por Guilherme Boulos, chefe do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, o PSOL “assumiu de vez” seu DNA de “linha-auxiliar” do PT e está “comprando” todas as pautas do partido de Lula.
No comício de sábado (7), os olhos do pré-candidato a presidente do PSOL brilharam ao ouvir de Lula que é um “rapaz de futuro”.
Boulos já garantiu que o PSOL estará na defesa “intransigente” da libertação de Lula da cadeia.
Já Edilson, após quatro anos de mandato sem ter nada o que mostrar além de uma série interminável de audiências públicas sem nenhum resultado prático, segue em busca da reeleição a qualquer custo.
Na tentativa de se aproximar do “povão” em 2018, Edilson chegou a postar no Facebook que come “em marmita”.
A declaração foi recebida com ironia no próprio partido, onde Edilson é conhecido internamente como “deputado-ostentação”.
Um mês após assumir o mandado, ainda em 2015, Edilson comprou uma Nissan Frontier, avaliada na época em R$ 120 mil.
O presidente do sindicato de policiais civis, Áureo Cisneiros, tem sido considerado no próprio PSOL como favorito na chapa de deputados estaduais do partido.
Como o PSOL pode ficar com apenas uma vaga, isso faria Edilson “beber água” na eleição.
Em maio de 2017, quarenta lideranças do PSOL enviaram para toda a imprensa pernambucana uma carta aberta, com duras críticas pessoais contra Edison.
Na carta assinada, criticavam a postura do deputado Edilson Silva, que, segundo o texto, era uma figura “centralizadora”.
Os colegas de partido chegaram a acusar o deputado de “falta de transparência dos recursos”, “constante beligerância no trato pessoal” e de “constante e desleal modus operandi”. “A política centralista e subordinada à inconstância do deputado acabou provocando uma absorção de toda vida partidária, em suas variadas dimensões, à defesa da política do Mandato e do mandatário”, dizia um dos trechos do documento.