Agência Brasil - Terminou às 17h desta sexta-feira (6) o prazo estipulado pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal no Paraná, para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se apresentasse à Polícia Federal em Curitiba.

Com a ordem de prisão, expedida nessa quinta-feira (5), Lula está no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP) desde às 19h dessa quinta-feira.

O ex-presidente reuniu-se com lideranças do partido e seus advogados.

Do lado de fora, militantes fazem uma vigília em apoio a Lula.

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De acordo com o delegado, não está descartada o prosseguimento da negociação mesmo após o fim do prazo estabelecido pela Justiça.

O delegado disse que a intenção é evitar confrontos, já que o ex-presidente está no sindicato cercado por apoiadores.

Igor de Paula acrescentou que é remota a chance de a Polícia Federal entrar no sindicato para prender o ex-presidente.

STJ Antes das 17h, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Félix Fischer negou habeas corpus protocolado pela defesa do ex-presidente para anular o decreto de prisão assinado pelo juiz federal Sérgio Moro. » O que está em jogo é a própria democracia, diz PCdoB sobre Lula » Gleisi diz que prisão de Lula reedita os tempos da ditadura » Com prisão de Lula decretada, Humberto Costa fala em ‘caçada’ » Lindbergh: ‘Lula é um gigante; Moro é um patético serviçal do capital’ » Alckmin diz que prisão de Lula simboliza fim da impunidade Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula - Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula - Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula Guilherme Boulos | Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula - Guilherme Boulos | Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula - Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula Na decisão na qual decretou a prisão, Moro explicou que Lula não ficará em uma cela “em atenção à dignidade cargo que ocupou”.

De acordo com o juiz, o ex-presidente deve ficar separado dos demais presos para “preservar sua integridade física e moral”.

A prisão de Lula foi decretada com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), fixado em 2016, que autorizou a execução provisória da pena de condenados pela segunda instância da Justiça.

Na quarta-feira (4), a defesa do ex-presidente tentou reverter o entendimento, mas, por 6 votos a 5, a Corte negou um habeas corpus preventivo para evitar a prisão.