Agência Brasil - Após o fim do prazo determinado pelo juiz federal Sérgio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não é considerado foragido.
A assessoria de imprensa da Justiça Federal no Paraná esclareceu que Moro concedeu a oportunidade de ele se entregar à Polícia Fededal e, por isso, mesmo após as 17h, ele não é tratado como foragido da Justiça.
O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Luís Antônio Boudens, que se reuniu nesta sexta-feira (6) com o superintendente da Polícia Federal no Paraná, delegado Maurício Valeixo, explicou que Lula não é considerado foragido porque não há componentes de fuga. “A condição de foragido é específica.
Tem que haver componentes de fuga, de rejeição de apresentação.
Terminou o prazo para que ele se apresente voluntariamente.
Como não aconteceu, o mandado será cumprido.” LEIA TAMBÉM » Termina prazo para Lula se apresentar à Polícia Federal em Curitiba » STJ nega habeas corpus da defesa de Lula » Ordem de prisão de Lula é ato de ‘despotismo judicial’, diz Gilmar Mendes » Cela para Lula está preparada há 15 dias, diz chefe de custódia da PF » Defesa de Lula pede à ONU que barre prisão do ex-presidente » Lula pode não ter sucesso em novos recursos se não cumprir ordem, dizem advogados Boudens se reuniu com o superintendente para pedir reforço na segurança dos agentes que devem cumprir o mandado de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo ele, a ordem de prisão do juiz Moro foi muito rápida e não houve tempo hábil para que os policiais planejassem a execução do mandado.
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula - Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula - Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula - Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula Guilherme Boulos | Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula - Guilherme Boulos | Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula “Para a nossa avaliação, foi uma surpresa esse mandado.
Apesar de avaliarmos que os ritos legais foram seguidos, nós vimos uma celeridade no procedimento padrão que o TRF4 vem adotando.
Essa celeridade tem aspectos positivos e negativos.
Não sob o ponto de vista processual, mas sob o ponto de vista do cumprimento e da execução.
Nós temos que estar preparados para que tudo transcorra da melhor forma possível”, disse.
Segundo Boudens, outro assunto discutido na reunião com o superintendente foi a manutenção dos serviços à população na sede em Curitiba, como a expedição de passaportes. “Nossa preocupação apresentada aqui para o superintendente foi de manter todos os serviços para não prejudicar nem os policiais nem os cidadãos que buscam o serviço da Polícia Federal”, acrescentou.