Em discurso em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, negou nesta sexta-feira (6) que o fato de Lula não ter apresentado à Polícia Federal em Curitiba dentro do prazo seja uma afronta.
Ao expedir a ordem de prisão contra o petista, o juiz Sérgio Moro deu até as 17h para que ele se entregasse, mas Lula permanece em São Bernardo do Campo. “Ele deu a opção de ir a Curitiba, mas Lula não exerceu essa opção e disse: eu vou ficar num lugar público, junto com meu povo, num lugar símbolo de luta.
Não é para afrontar.
Mas também não espere que a gente caminhe pro brete (jaula) de cabeça baixa como o gado para o matadouro”, afirmou Gleisi Hoffmann.
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Moro deu até as 17h desta sexta-feira para que o ex-presidente se apresentasse à Polícia Federal em Curitiba.
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula - Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula - Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula - Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula Guilherme Boulos | Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula - Guilherme Boulos | Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula O juiz recebeu do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) um ofício autorizando a execução da ordem de prisão. » O que está em jogo é a própria democracia, diz PCdoB sobre Lula » Gleisi diz que prisão de Lula reedita os tempos da ditadura » Com prisão de Lula decretada, Humberto Costa fala em ‘caçada’ » Lindbergh: ‘Lula é um gigante; Moro é um patético serviçal do capital’ » Alckmin diz que prisão de Lula simboliza fim da impunidade “Não cabem mais recursos com efeitos suspensivos junto ao Egrégio Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
Não houve divergência a ensejar infringentes.
Hipotéticos embargos de declaração de embargos de declaração constituem apenas uma patologia protelatória e que deveria ser eliminada do mundo jurídico.
De qualquer modo, embargos de declaração não alteram julgados, com o que as condenações não são passíveis de alteração na segunda instância”, argumenta Moro no despacho.
O processo contra Lula O petista foi condenado em segunda instância, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Lula é acusado de ter recebido R$ 2,4 milhões em propina da empreiteira OAS através da compra e de reformas em um apartamento triplex no Edifício Solares no Guarujá, no litoral de São Paulo.
Em troca, segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), a construtora foi beneficiada em contratos da Petrobras. » Lula pode pedir urgência na ONU para garantir direitos políticos » Mesmo condenado, Lula ainda pode ser candidato » Com prisão de Lula, Brasil vai virar ‘republiqueta de banana’, diz Gleisi » Lula admite a aliados que está fora da eleição A confissão, em juízo, de Léo Pinheiro, foi devastadora para Lula nesse processo.
Ex-presidente da OAS e empreiteiro do cartel alvo da Lava Jato com maior proximidade com Lula, ele afirmou categoricamente a Moro que que “o apartamento era do presidente”.
Nessa quarta-feira (4), Lula sofreu uma derrota no Supremo Tribunal Federal (STF).
Após mais de dez horas de sessão, a presidente da Corte, Cármen Lúcia, desempatou o placar de cinco votos favoráveis e cinco contrários ao habeas corpus preventivo do ex-presidente.
Com o voto dela, o petista teve negado o pedido de aguardar em liberdade até que os recursos à sua condenação sejam finalizados em todas as instâncias.
Despacho de Moro põe Lula na cadeia from Jamildo Melo