O presidente do PSDB de Pernambuco, deputado federal Bruno Araújo, avaliou nesta sexta-feira (06) a ordem de prisão do ex-presidente Lula (PT), determinada pelo juiz Sérgio Moro nesta quinta (5).

O tucano disse considerar que houve um amplo processo legal, que culminou com a derrota do petista no Supremo, ao ter seu pedido de Habeas Corpus preventivo negado por um placar de 6 a 5. “Assim, portanto, a discussão não deve ser levada para o campo da política”, defendeu. “Essa discussão hoje não está no campo da política, mas estritamente no campo jurídico, dentro das instituições que participam do processo.

Esse episódio confirma o fechamento de um ciclo.

Não há o que comemorar com a retenção de um ex-presidente e o que a gente espera é normalidade e serenidade para que o Brasil siga sua vida”.

Bruno Araújo disse acreditar que o clima de acirramento que ocorre hoje no país infelizmente não tende a acabar e deve pautar o debate eleitoral deste ano. “Por mais deficiente que seja a democracia, ela ainda é o modelo de estado, de governo, mais salutar”. “O governo do ex-presidente Lula foi extremamente exitoso e, embora figurando na oposição ao petista, nunca deixe de reconhecer que a atuação de Lula, de modo especial no Nordeste e em Pernambuco, foi importante na viabilização dos recursos". “O PT continuará sendo um dos três mais importantes protagonistas políticos do país e deve, em mais uma eleição presidencial como a que se aproxima, polarizar o pleito com o PSDB.

Democracia existe quando posições político-ideológicas diferentes se impõem como alternativas para o eleitor".

Bruno Araújo disse que grande parte dos problemas enfrentados por Lula e pelo PT hoje seriam decorrentes, essencialmente, da escolha que o ex-presidente petista fez por Dilma para sucedê-lo. “Não se vê hoje no PT ninguém discutindo a candidatura de Dilma como alternativa para o partido nessa eleição.

Não ouvimos um petista lançando Dilma.

Ela teve o mandato interrompido, mas não está com os direitos políticos cassados, por que não Dilma candidata?” provocou.

O nome está sendo trabalhado para ser senadora por Minas Gerais.