Levantamento da FGV DAPP mostra que o julgamento definitivo do habeas corpus preventivo do ex-presidente Lula, no Supremo Tribunal Federal, mobilizou entre a 0h e as 17h de quarta-feira (04 de abril) 285.071 mil menções — volume próximo às 302 mil menções identificadas sobre o tema durante as 24h de terça-feira (03).
Entre as 15h e as 16h, quando o ministro Gilmar Mendes ainda declarava voto em favor do habeas corpus de Lula, o pico de menções ao julgamento e ao ex-presidente chegou à média de 668 tuítes/minuto.
Os elementos jurídicos da discussão ganharam relevante presença no debate, mas a análise aponta que as declarações do general Eduardo Villas Bôas, na noite de terça, também tiveram forte impacto.
Até as 17h, contam-se 89.488 tuítes sobre a temática militar (31,4%) em associação a Lula, contemplando menções a uma possível intervenção militar, às falas de Villas Bôas e à repercussão destas na sociedade civil, assim como à possibilidade de interferência das Forças Armadas, de forma explícita, nos demais Poderes.
Ainda dentro do debate sobre o julgamento, Gilmar foi citado em 24,1 mil publicações, Edson Fachin, em 5,7 mil, e Alexandre de Moraes em 1,6 mil.
Rosa Weber, que até o período de análise não tinha encerrado seu voto aparecia em 3,4 mil publicações.
No comparativo de hashtags, #lulalivre continua em ascensão, somando nesta quarta-feira 51,4 mil referências, versus #lulanacadeia, com 14.625 citações, e #lulapreso, com 6,5 mil postagens.
Os atores contra Lula se manifestam com dezenas de hashtags diferentes, sem unidade sobre uma única em específico.
As hashtags se alternam entre críticas a ministros do Supremo; ao STF de forma geral; de exortação às Forças Armadas; e de ataque ao petista.
O senador Aécio Neves continua citado no debate sobre o julgamento: até as 17h, houve 7.487 menções ao tucano; o presidente Michel Temer aparece em 10,8 mil tuítes, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, em 2,8 mil, e o ex-deputado Eduardo Cunha em 1,8 mil.