Presidenciável, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (5) que a decretação da prisão do ex-presidente Lula (PT) representa o fim da impunidade. “A lei vale para todos”, disse o tucano.
O juiz Sérgio Moro deu até esta sexta-feira (6), às 17h, para o petista se entregar voluntariamente à Polícia Federal em Curitiba, onde terá uma sala exclusiva, e vedou o uso de algemas em qualquer hipótese. É lamentável ver a decretação da prisão de um ex-presidente, mas tenho a convicção de que isso simboliza uma importante mudança que vem ocorrendo no Brasil: o fim da impunidade.
A lei vale para todos. — Geraldo Alckmin (@geraldoalckmin) 5 de abril de 2018 LEIA TAMBÉM » Moro determina prisão de Lula » Cid Gomes afirma que Lula recebeu ‘com tranquilidade’ ordem de Moro » Por Lula, vice-líder do PSOL cita Aécio e Jucá e diz que judiciário tem ‘2 pesos’ » Com voto de Cármen Lúcia, STF nega habeas corpus a Lula Outros presidenciáveis também se posicionaram pelas redes sociais.
Segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto, atrás de Lula, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), não fez publicações citando Lula, mas postou um emoji logo após a decisão de Moro.
Boa noite ????! — Jair Bolsonaro (@jairbolsonaro) 5 de abril de 2018 Na esquerda, Manuela D’Ávila (PCdoB) e Guilherme Boulos (PSOL) convocaram para o ato em defesa de Lula em São Bernardo do Campo.
Seguimos juntos, Lula!o Brasil vale a luta! #LulaValeALuta Todos a São Bernardo do campo — Manuela (@ManuelaDavila) 5 de abril de 2018 Moro acaba de decretar a prisão de Lula.
Não assistiremos passivamente.
Haverá resistência democrática! — Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) 5 de abril de 2018 Todos para São Bernardo do Campo! É neste momento a trincheira de resistência democrática. — Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) 5 de abril de 2018 » Gleisi diz que prisão de Lula reedita os tempos da ditadura » Lindbergh: ‘Lula é um gigante; Moro é um patético serviçal do capital’ » Com prisão de Lula decretada, Humberto Costa fala em ‘caçada’ Moro afirma no despacho que os detalhes da prisão deverão ser combinados diretamente entre a defesa de Lula e o delegado Maurício Valeixo, superintendente da PF no Paraná. “Esclareça-se que, em razão da dignidade do cargo ocupado, foi previamente preparada uma sala reservada, espécie de Sala de Estado Maior, na própria Superintendência da Polícia Federal, para o início do cumprimento da pena, e na qual o ex-presidente ficará separado dos demais presos, sem qualquer risco para a integridade moral ou física”, diz Moro na decisão.
O juiz recebeu do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) mais cedo um ofício autorizando a execução da ordem de prisão. “Não cabem mais recursos com efeitos suspensivos junto ao Egrégio Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
Não houve divergência a ensejar infringentes.
Hipotéticos embargos de declaração de embargos de declaração constituem apenas uma patologia protelatória e que deveria ser eliminada do mundo jurídico.
De qualquer modo, embargos de declaração não alteram julgados, com o que as condenações não são passíveis de alteração na segunda instância”, argumenta Moro no despacho.
O processo contra Lula O petista foi condenado em segunda instância, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), a 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Lula é acusado de ter recebido R$ 2,4 milhões em propina da empreiteira OAS através da compra e de reformas em um apartamento triplex no Edifício Solares no Guarujá, no litoral de São Paulo.
Em troca, segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), a construtora foi beneficiada em contratos da Petrobras. » Lula pode pedir urgência na ONU para garantir direitos políticos » Mesmo condenado, Lula ainda pode ser candidato » Com prisão de Lula, Brasil vai virar ‘republiqueta de banana’, diz Gleisi » Lula admite a aliados que está fora da eleição A confissão, em juízo, de Léo Pinheiro, foi devastadora para Lula nesse processo.
Ex-presidente da OAS e empreiteiro do cartel alvo da Lava Jato com maior proximidade com Lula, ele afirmou categoricamente a Moro que que “o apartamento era do presidente”.
Nessa quarta-feira (4), Lula sofreu uma derrota no Supremo Tribunal Federal (STF).
Após mais de dez horas de sessão, a presidente da Corte, Cármen Lúcia, desempatou o placar de cinco votos favoráveis e cinco contrários ao habeas corpus preventivo do ex-presidente.
Com o voto dela, o petista teve negado o pedido de aguardar em liberdade até que os recursos à sua condenação sejam finalizados em todas as instâncias.
Despacho de Moro põe Lula na cadeia from Jamildo Melo