Aliado do ex-presidente Lula (PT), o ex-prefeito do Recife João Paulo defendeu o líder petista e afirmou que o julgamento do habeas corpus do petista pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (4) , é histórico. “O STF tem a oportunidade de restabilizar o Brasil a partir do Judiciário, já que a partir da política nós não conseguimos”, afirmou durante ato na Câmara dos Vereadores a favor de Lula. “Nós estamos vivendo um momento de exceção no Brasil, em que a Constituição não está sendo respeitada.
Há uma instabilidade política, jurídica, além da econômica, que vem deixando muitos setores inseguros em relação ao futuro do Brasil e da economia, sobre a geração emprego e a qualidade de vida”, afirmou João Paulo.
O também ex-prefeito João da Costa foi outro petista que foi à Câmara defender Lula. “Estamos esperando que o Supremo Tribunal Federal possa acolher aquilo que a Constituição tem como regra pra todo mundo, que é permitir o preceito da inocência até na última instância haver o julgamento”, disse. “É preciso desmentir que a partir do julgamento de hoje todos os presos seriam liberados.
Esse habeas corpus é específico de Lula.
E, mesmo com o direito à inocência, cada processo é diferente.
Lula está recorrendo porque se considera inocente e quer que a sua inocência seja julgada até o último momento.” Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem Para o presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro, “a tentativa de prender Lula é apenas para interferir na vontade popular”, por poder impedir que ele dispute a presidência este ano. “Não se está julgando apenas um habeas corpus impetrado por Lula, está se julgando a vigência da Constituição brasileira, que é muito clara em assegurar a todos os cidadãos o direito a presunção de inocência e estar em liberdade até o trânsito em julgado da condenação.
Não agir assim é uma teratologia, é um absurdo.
Por exemplo: eu com base de uma condenação do tribunal, fico preso por dois, três anos, e depois o Superior Tribunal de Justiça diz que sou inocente.
Quem vai me devolver os três anos?”, questionou.
Através do habeas corpus que é analisado pelo Supremo, a defesa de Lula tenta impedir que o petista, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em segunda instância, tenha a ordem de prisão executada.
Os advogados pedem que ele só possa ser preso após o trânsito em julgado, ou seja, quando os recursos em todas as instâncias, incluindo a Corte, forem analisados.
Foi atribuída pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) uma pena de 12 anos e um mês de prisão pelo caso do triplex.