Quase uma semana depois de o senador Armando Monteiro Neto (PTB) usar a gestão do Porto de Suape para criticar o governador Paulo Câmara (PSB), o deputado estadual socialista Waldemar Borges rebateu, nesta terça-feira (3), o petebista. “O senador Armando Monteiro parece que desconhece a realidade do nosso Estado”, afirma o aliado de Paulo Câmara.
Leia a íntegra da resposta de Waldemar Borges a Armando Monteiro O Complexo Industrial Portuário de Suape é o principal ativo da economia pernambucana e, desde o início da gestão do governador Paulo Câmara, tem apresentado números que ratificam essa posição.
Nos últimos três anos, a movimentação de cargas cresceu aproximadamente 55%, fruto da intensa busca da administração por novos negócios e oportunidades para a região.
Não foi à toa que Pernambuco conquistou o maior investimento privado do Brasil em 2016, a fábrica de medicamentos do laboratório Aché.
O empreendimento segue a todo vapor em uma área de 25 hectares do complexo.
Um aporte de R$ 500 milhões, que irá gerar centenas de empregos para os pernambucanos, fruto da articulação do governador Paulo Câmara.
LEIA TAMBÉM » Armando Monteiro usa Suape para criticar liderança política de Paulo Câmara na área logística Em 2017, o Porto de Suape alcançou a maior movimentação de toda a sua história.
Foram 23,6 milhões de toneladas de cargas movimentadas, um crescimento de 4% em relação a 2016.
Todas as cargas principais registraram crescimento, sem exceção.
Os graneis líquidos alcançaram a marca de 17,5 milhões de toneladas (+0,8%), os contêineres 460.769 TEUs (+18%) e os veículos registraram a impressionante marca de 80.080 unidades, que chegaram ou deixaram o porto.
Um incremento de 46%.
Não bastasse isso, o faturamento do porto também alcançou marca recorde, com aumento de 12,9% e um total de R$ 195 milhões.
Como os números comprovam, é verdade que os polos logísticos são uma opção para o desenvolvimento e esse processo já está em pleno vapor no Governo Paulo Câmara.
O Complexo de Suape é o ator principal neste contexto.
Temos que relacionar os números e as ações nessa área, pois o senador Armando Monteiro parece que desconhece a realidade do nosso Estado.
Basta observar a série de projetos em andamento.
O principal deles, o segundo terminal de contêineres (Tecon 2), mais que dobrará a capacidade atual de armazenagem de contêineres/ano dos atuais 700 mil TEUs para 1,7 milhão de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés).
O investimento, estimado em aproximadamente 1 bilhão, irá trazer maior competitividade, tarifas mais baixas e um melhor serviço.
O estudo de viabilidade foi entregue ao Governo Federal, que inclui o projeto entre suas prioridades no PPI.
Outro investimento de grande importância para Suape é a ampliação de seu parque de tancagem, com investimentos privados de R$ 540 milhões.
Juntos, os projetos das empresas Decal, Pandenor, Tequimar e Temape expandirão a capacidade estática de armazenagem dos atuais 700 mil m³ para mais de 1 milhão de m³.
Além deles, estão em andamento os projetos de arrendamento do pátio de veículos, de criação do pátio de triagem de caminhões, de cessão de uma área para envase e distribuição de GLP, entre outros.
Essas novas estruturas refletirão em mais carga e mais oportunidades em Suape.
Tudo isso fruto de exaustivo planejamento.
Em relação às tarifas, é importante destacar que as tarifas públicas cobradas pelo Porto de Suape estão entre as mais competitivas do Brasil, abrangendo cargas como veículos e granéis líquidos.
O que foi citado no referido evento citado pelo senador foi, especificamente, uma parte das tarifas cobradas pelo terminal de contêineres, que é um arrendatário privado.
Acrescente-se que Suape tem a maior movimentação de contêineres no Nordeste, representando mais de 40% da movimentação da região, e é o primeiro Estado do Nordeste que está se preparando para ter seu segundo terminal, aumentando ainda mais sua participação e sua competitividade. É estranho ver o senador Armando Monteiro afirmar que Suape se ressente de uma visão mais atualizada de planejamento e expansão, quando o próprio senador foi favorável, no ano de 2012, à implantação da MP dos Portos, que trouxe uma série de entraves a projetos importantes de Suape como o Tecon 2.
A medida provisória foi sancionada em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff e virou lei.
Desde então, provocou a diminuição do ritmo no andamento dos projetos, já que o Governo Federal passou a concentrar os processos licitatórios e de arrendamentos.
A busca pela retomada da autonomia é justamente a ação para desfazer esse nó que tanto limita a atuação dos portos públicos brasileiros, como é o caso do Complexo Industrial Portuário de Suape.