A Fenafisco (Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital) produziu um levantamento que traz um retrato inédito da dívida ativa no Brasil.

Foram analisados dados de todos os estados entre os anos de 2010 e 2016.

No período, houve um crescimento médio de 87% nas dívidas já julgadas de contribuintes e empresas com os estados.

O estudo completo será apresentado em 14 de março durante o Fórum Social Mundial, que ocorre em Salvador, na Bahia.

Para o presidente da Fenafisco, Charles Alcantara, o levantamento aponta um crescimento preocupante frente à dívida ativa da União, que gira em torno de R$ 1,8 trilhão. “Fizemos o estudo porque esse é um dos maiores gargalos do País, que se torna ainda mais grave diante da crise econômica e da alegada falta de recursos.

Os governos em geral implementam medidas de austeridade fiscal, cujo alvo principal são os gastos sociais em saúde, educação, saneamento, infraestrutura.

A Fenafisco quer lançar luz sobre esse problema e denunciar a falta de ações mais efetivas por parte dos governos para recuperar todo esse dinheiro sonegado da sociedade”, conta.

O estudo fez parte da ação Caravana da Transparência.

Quem disse que não tem dinheiro?, uma parceria da Fenafisco com o SindSefaz (Sindicato dos Servidores da Fazenda do Estado da Bahia), que contará com intervenções urbanas para chamar atenção da população e uma tenda própria com atividades no Fórum Social Mundial.

Além dessas ações, a Fenafisco também irá apresentar, ao lado da Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil), o projeto de Reforma Tributária Solidária: menos desigualdade, mais Brasil, no dia 15 de março último.