Hoje na base de Paulo Câmara (PSB), o PSC é tido como uma incógnita para aliados do socialista e opositores.
O partido tem relação com os dois lados e ainda não definiu para onde vai, mesmo que a tendência maior seja de se manter na Frente Popular.
Com a exigência de uma vaga ao Senado para André Ferreira, o partido aguarda uma posição do governo e admite que uma definição sobre o candidato do grupo Pernambuco quer mudar, no dia 20 de abril, pode apressar o posicionamento. “A espera saber o que vai acontecer, como está esse jogo definido, quem são os candidatos”, afirma André Ferreira, presidente estadual da sigla. “Vamos tomar a decisão na hora certa.
Se no dia 20 for lançado o candidato da oposição, começa a encurtar o prazo.
A gente tem conversado com o governo, discutido todas essas questões, no que pode ajudar: nosso grupo está à frente da segunda maior cidade do Estado, representamos o segmento evangélico, que tem 30% do eleitorado, e temos o voto metropolitano.
O conjunto nos credencia de estarmos pleiteando uma vaga”, defende.
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Além dos dois partidos, há o PT.
Os três partidos são os maiores da coligação.
Arrumar o tabuleiro caberá ao grupo de Paulo Câmara, que definirá o peso de cada um dos grupos.
Para a eleição dos proporcionais, André Ferreira afirma que, continuando na Frente Popular, deverá estar no chapão para deputado federal e lançar uma chapa do PSC para deputado estadual.
Para a Assembleia Legislativa espera eleger pelo menos seis parlamentares, entre eles o presidente da Casa, Guilherme Uchoa, que escolheu o partido após se desentender com o presidente do PDT, Wolney Queiroz.
O filho dele, Guilherme Uchoa Júnior, com a candidatura negada pelos pedetistas, o que provocou o atrito, deverá ser, para André Ferreira, um dos dois federais.