Estadão Conteúdo - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, afirmou que sua família está recebendo ameaças e que já pediu providências à presidente do STF, Cármen Lúcia. “Uma das preocupações que eu tenho não é só com o julgamento, mas também com a segurança de membros de minha família.

Tenho tratado desse tema e de ameaças que têm sido dirigidas a membros da minha família”, afirmou, em entrevista ao jornalista Roberto D’Avila que será exibida às 21h30 desta terça-feira (27) pela Globonews. “Algumas providências que solicitei à presidente e à Polícia Federal por intermédio da delegada que trabalha aqui no tribunal já estão sendo adotadas”, afirmou Fachin. “Nem todos os instrumentos foram agilizados, mas eu efetivamente ando preocupado com isso, e esperando que não troquemos a fechadura de uma porta já arrombada também nesse tema”, completou, demonstrando bastante preocupação.

Fachin, que tem 60 anos e foi indicado para o STF em junho de 2015 pela então presidente Dilma Rousseff (PT), não relacionou as ameaças a nenhum caso específico em que esteja atuando ou que tenha julgado.

Segurança A Secretaria de Comunicação Social do Supremo Tribunal Federal (STF) informou, por meio de nota, na noite desta terça-feira (27) que autorizou o aumento do número de agentes para escolta permanente do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na Corte.

A presidência do STF reforçou um pedido para que a Diretoria Geral da Corte examine e tome providências para aumento de número de seguranças para a família do ministro em Curitiba, conforme por ele solicitado.

Na nota, a Secretaria de Comunicação Social da Corte informa que também autorizou que o uso de segurança do ministro em Curitiba possa deslocar-se também para acompanhamento de familiares por ele indicados.

A presidência ainda solicitou à Polícia Federal que duas delegadas especializadas em segurança sejam deslocadas para Curitiba.

A medida busca verificar quais as melhores e mais eficazes providências deveriam ser tomadas para casos de magistrados ameaçados no País.

Também foi encaminhado um ofício indagando a todos os ministros do STF sobre a necessidade de alteração ou aumento do número de agentes de segurança “para, se for o caso, a tomada das providências cabíveis”.

Até a conclusão desta matéria, nenhum ministro havia feito esta solicitação, de acordo com a assessoria do Supremo.