Estadão Conteúdo - Apesar de bem posicionada em pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República, Marina Silva (Rede) tem tido dificuldades para dar visibilidade à sua pré-campanha.
Mesmo com uma agenda cheia, a ex-ministra costuma ser cobrada pelo seu “sumiço” da vida pública.
No domingo passado, por exemplo, em uma conversa com internautas pelo Facebook, foi questionada por um eleitor: “Por onde você anda, Marina?”.
Em resposta, ela disse que sempre esteve na ativa e reclamou de “uma tentativa de ocultamento” do seu trabalho.
O jornal O Estado de S.
Paulo acompanhou agendas de Marina na semana passada.
Na terça e na quarta-feira, a ex-ministra foi figura de destaque do Fórum Mundial da Água, promovido em Brasília.
Mesmo tendo deixado o Ministério do Meio Ambiente há dez anos, foi recebida com deferência, tirou selfies e foi reconhecida até mesmo por participantes estrangeiros.
Durante o fórum, Marina participou de debate ao lado da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, foi uma das “estrelas” do lançamento do documentário sobre práticas sustentáveis do ator Marcos Palmeira e recebeu homenagens. “Precisamos de mais mulheres na política, sua candidatura é muito importante”, disse a ativista boliviana Maria Teresa Vargas, que dividiu uma mesa de discussão com Marina.
Fora da esfera ambiental, a ex-ministra teve um encontro com embaixadores em Brasília, foi ao Rio filiar à Rede nomes como a atriz Cássia Kiss e o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, e ainda a São Paulo para participar de eventos com empresários do ramo do varejo e de movimentos sociais.
A pouca visibilidade de Marina neste momento pode ser explicada pelo seu isolamento político.
Sem alianças com outros partidos, a Rede deve bancar sozinha a terceira tentativa da ex-ministra de chegar ao Planalto.
Os próprios integrantes da Rede reconhecem a existência de um cenário adverso. “É uma ótima candidata, com muitas dificuldades, mas estamos dispostos a enfrentar todas”, disse o deputado Miro Teixeira.