No final de semana, a Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe) veio a público esclarecer que a postagem que circulou nas redes sociais, com um comentário supostamente publicado pelo Delegado de Polícia Jorge Ferreira, lotado no plantão da 4ª Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, referente à vereadora carioca Marielle Franco, não era de autoria do referido delegado. “Jorge Ferreira é um profissional responsável e extremamente dedicado à missão a que foi incumbido, na defesa dos direitos da mulher.
Aqueles que o conhecem minimamente sabem que Jorge possui um temperamento completamente incompatível com o conteúdo chulo e grosseiro do texto publicado.
A Adeppe assevera, ainda, que está apurando como se deu a fraude perpetrada, se através de uma conta falsa ou se houve invasão da conta do delegado Jorge Ferreira”.
Pois bem.
A dirigente do PSOL-PE e pré-candidata pelo partido ao governo do estado, Dani Portela, prometeu entrar com uma representação no Ministério Público de Pernambuco ‘exigindo’ que se instaure o procedimento para apurar as declarações injuriosas contra Marielle Franco, atribuídas ao delegado Jorge Ferreira.
A representação será protocolada no órgão, na qualidade de fiscal da lei e defensor de direitos difusos e coletivos, nesta terça-feira (20), às 14h.
No último sábado, a conta pessoal do delegado Jorge Ferreira publicou um texto de ódio, com informações inverídicas sobre a vereadora carioca. “É inadmissível que agentes públicos, que têm por objetivo servir à população, sejam instrumentos de propagação de ódio, difamação e mentiras.
Principalmente quando ocupam espaços em que devem garantir a segurança das mulheres”, afirma Dani Portela. “Queremos garantir uma investigação isenta, assim o delegado poderá inclusive se defender.
Infelizmente não dá pra confiar no governo Paulo Câmara, que não tem diálogo nenhum com a sociedade, movimentos sociais e sindicatos, não dá pra confiar em um governador encastelado.
O ocorrido com Marielle é grave em todos os sentidos.
Ela foi morta, executada, como leva crer as informações até agora divulgadas pela imprensa, por questões políticas. É mais uma mulher negra assassinada.
Aqui em Pernambuco 95% dos homicídios são de pessoas negras ou pardas, segundo a própria SDS”, afirmou, por meio de nota.