O presidente do Sindicato dos Servidores do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (Sindicontas-PE), Jonas Moreno, afirmou que a instituição vai defender que as decisões do Tribunal sejam pautadas pelos aspectos técnicos.
A declaração foi dada em entrevista ao jornal institucional. “A função do Sindicato é prezar pela capacitação dos servidores do Tribunal para que as auditorias sejam cada vez mais técnicas e pautadas pela eficiência, eficácia e economicidade.
Quanto mais técnicas forem as auditorias mais distantes nós ficaremos de supostos julgamentos políticos”, destacou.
Segundo ele, é importante também que o Tribunal não se prenda apenas a uma análise de receitas e despesas, mas também aos resultados sociais.
Por exemplo, identificar se a obra atingiu o objetivo previsto.
O Sindicato está acompanhando, junto com parceiros, as auditorias mais importantes, como a do sistema prisional, para verificar o objetivo social e o cumprimento das recomendações advindas delas.
Confira a entrevista completa: - Qual é a avaliação que o Sindicontas faz das ações tomadas no ano passado?
E quais são as perspectivas para 2018?
Tivemos uma modernização do plano de cargos e salários, atualizando as atribuições de cada cargo e definindo bem as tabelas de promoção.
Ainda não é o ideal, mas está caminhando para ser.
Evoluímos nos convênios, que trazem benefícios aos servidores, inclusive com a possibilidade de poder agregar dependentes aos descontos, aumentando a rede de beneficiados.
Passamos a atuar nas bandeiras nacionais, principalmente lutando contra a reforma da previdência do jeito que estava posta e trabalhando para colaborar com as PECs existentes que normatizam os Tribunais de Contas, visando à inclusão na redação dos textos da valorização e da autonomia das auditorias, ponto imprescindível para julgamentos cada vez mais técnicos.
Evoluímos no relacionamento com os servidores, através dos eventos, como o carnaval e os aposentados.
Participamos de dois fóruns, Articulação Sindical e o Fórum Nacional dos Servidores Públicos, que têm debatido ações em conjunto para valorizar a prestação do serviço público.
Nós apoiamos o concurso público realizado pelo Tribunal, inclusive disponibilizamos aulas gratuitas aos concurseiros por meio de professores voluntários.
Todos os vídeos somaram mais de 46 mil visualizações.
Também procuramos estreitar o relacionamento com a imprensa.
Estamos trabalhando para que o Tribunal atue na perspectiva da boa governança, que tem três requisitos: eficiência, eficácia e economicidade.
Queremos que o Tribunal não se prenda apenas a uma análise de receitas e despesas, mas também aos resultados sociais.
A obra atingiu seu objetivo social?
Estamos fazendo o acompanhamento de auditorias que consideramos importantes, como a do sistema prisional, para verificar o objetivo social e o cumprimento das recomendações advindas delas.
Formamos comissões nas quais cada um trabalha de acordo com sua expertise.
Sobre este ano, o Sindicato terá voz ativa em 2018.
Queremos unir cada vez mais a categoria.
Trabalharemos por julgamentos técnicos, capacitação e valorização dos servidores. - Como o Sindicato avalia a derrota da reforma da previdência?
Foi uma vitória de todas as categorias.
Desde o início, prezamos pelo estudo técnico do tema.
O problema foi causado exclusivamente pelo estado, que não soube gerir o fundo.
Defendemos uma normalização na legislação, inclusive prevendo a responsabilização do gestor pelos desvios dos recursos patronais e dos recursos retidos na fonte pelo servidor. - O Sindicontas acompanhou todo o processo de realização do concurso público do TCE-PE.
Qual é a expectativa com a nomeação dos aprovados?
A realização do concurso foi importante porque contemplou alguns cargos que estavam em extinção e hoje continuam valorizados na Casa, além do fato de o Tribunal oxigenar, tendo em vista que nos últimos anos muitos servidores aposentaram-se. - O Sindicontas tem se articulado com outras classes.
Qual são os resultados destas parcerias?
Temos nos articulado com servidores do TJPE, do MPPE, do legislativo e auditores fiscais.
As parcerias têm sido importantes para o engajamento nas bandeiras nacionais, têm promovido a capacidade do servidor público para ter a qualidade técnica na sua atribuição e têm garantido a mobilização das categorias em Pernambuco para causas locais, que envolvem o próprio Governo do Estado.
A sociedade acusa a politização do Tribunal, afastando-se de julgamentos técnicos.
Como o Sindicontas enxerga a questão?
A função do Sindicato é prezar pela capacitação cada vez maior dos servidores do Tribunal para que as auditorias sejam cada vez mais técnicas e pautadas pela eficiência, eficácia e economicidade.
Quanto mais técnicas forem as auditorias mais distantes nós ficaremos de supostos julgamentos políticos.
Por isso, auditorias que tratamos como relevantes estão sendo acompanhadas pelo Sindicato e por parceiros.