Acabo de ser informado que o deputado estadual Edilson Silva (PSOL) voltou a usar uma rede social para se referir ao pré-candidato à Presidência do PSL, deputado federal Jair Bolsonaro, como “fascista”. “Aqui, vai um pouco do tom que vamos dar à campanha.

Uma resposta adequada ao fascista do Bolsonaro”, anunciou Edilson Silva.

O parlamentar do PSOL compartilhou no Facebook um vídeo com ataques pessoais à Bolsonaro, produzido pelo candidato presidencial do PSOL, Guilherme Boulos. “Há tempos Edilson Silva usa o nome de Bolsonaro para sua autopromoção”, diz um deputado estadual, sob reserva de fonte.

Em outubro de 2017, quando o deputado Joel da Harpa (PODE) anunciou a intenção de propor o título de cidadão para Bolsonaro, o líder do PSOL na Assembléia, mesmo antes do requerimento ser protocolado, foi às redes sociais dizer que seria contra. “Soube da proposta pela imprensa porque não há nada protocolado na Casa, nada que eu tenha visto, mas eu acho que o Bolsonaro não é merecedor de um título como esse e não é por conta dos deméritos dele. É porque ele é um sujeito que faz apologia ao racismo, faz apologia ao estupro e faz apologia a LGBTfobia. É um sujeito que é muito preconceituoso e expressa isso.

Não se justifica, pelo contrário.

Se tivesse algum voto, algum título, seria o de um protesto da Assembleia contra esse tipo de preconceito e discriminação que ele anda divulgando”, disparou Edilson sobre Bolsonaro, em 2017.

Já em novembro de 2015, Edilson se inseriu numa audiência pública dedicada a ouvir Bolsonaro sobre segurança pública, para criticar o parlamentar carioca.

Durante a audiência no plenário da Assembleia, o deputado Edilson Silva (PSOL) subiu à tribuna para tecer críticas às ideias de Bolsonaro e foi hostilizado pelo público.

Edilson disse que o deputado era bem-vindo em Pernambuco e que defendia o direito dele expor suas opiniões, porém, de acordo com ele, Bolsonaro quer um regime que não respeita a liberdade de os outros exporem suas ideias, fazendo referência à ditadura militar.

Sob gritos de “vai pra Cuba” da plateia, Edilson Silva precisou sair escoltado pela polícia após o discurso.

O deputado Joel da Harpa, responsável pela organização da audiência em 2015, criticou Edilson Silva. “Algumas falas foram equivocadas nessa Casa, não estamos implantando ditadura, mas fortalecendo a democracia no País.

Edilson pecou por ter saído após sua fala.

Deveria ter ficado pra ouvir nossos posicionamentos, porque essa é uma casa democrática”, ressaltou Joel da Harpa, na época.

De acordo com informações de bastidores, Joel da Harpa atualmente é uma espécie de “líder informal” de Bolsonaro na Assembleia de Pernambuco e não descarta ser candidato a governador, para “dar palanque” ao presidenciável no Estado.