A jornalista Miriam Leitão, ao comentar o cenário político destas eleições, em evento no RioMar com o Mercado, na semana passada, no Recife, destacou uma contradição interessante neste momento da disputa.

Ela frisou que os dois principais concorrentes, fora Lula, são os detentores dos menores recursos em termos de fundo partidário. “O dinheiro das empresas não pode mais.

O dinheiro do Caixa 2 está mais limitado.

O que sobrou foi o dinheiro público.

Vamos ter pouco dinheiro nestas eleições”, previu Sobre Marina, a jornalista destacou ainda algumas dificuldades que ela pode ter. “Marina tem dificuldade de não ter tempo de TV e estrutura partidária.

Agora (nestas eleições) também não vai poder usar o PSB” No caso de Bolsonaro, Miriam Leitão destacou que ele fala coisas desconcertantes, em suas palavras. “Bolsonaro tem ele contra ele mesmo.

Com declarações impertinentes.

Por exemplo, usar um helicóptero para bombardear a Rocinha.

Como assim? são falas desconcertantes”, disse. “Assim, o extremismo dele acaba repelindo” Mais críticas a Bolsonaro Na palestra, a jornalista também criticou o economista Paulo Guedes, que assessora o candidato do PSL. “Bolsonaro tem um economista liberal, mas ele tem propostas inexequíveis.

Uma delas é sugerir que não vai ter previdência pública para quem tem estabilidade.

Reduz gastos, mas não é exequível.

Onde tem isto? em que País? qual o ideário econômico dele?

Tem soluções autoritárias para alguns problemas”.

Por volta deste momento, Miriam Leitão disse que fazia suas observações sem paixões.

Não era contra ou a favor. “Não estou querendo convencer ninguém”, afirmou.

Em tom de crítica, a jornalista assinalou ainda que Bolsonaro captura o eleitorado evangélico com a questão dos costumes.

Um exemplo: “Ele é contra ensinar as crianças sobre diversidade de gênero.

Parece ser bom para um grupo e pode ser ruim (para outros)”, comentou.

Reformista ou populista?

Na sua avaliação, o eventual eleito terá que lidar com o problema fiscal do Brasil, qualquer que seja o vencedor. “Ou será reformista ou será populista.

O primeiro vai tentar fazer as reformas, mpara ter equilíbrio no longo prazo.

O segundo aumenta o gasto e dá um colapso na dívida, aumentando as incertezas (sobre o futuro)”