O juiz federal Roberto Wanderley Nogueira, um dos mais respeitados do Estado, repercutiu matéria do Blog sobre denúncias do PSOL contra a vereadora Michele Collins (PP).
O PSOL tem investido em uma agenda de denúncias contra a vereadora, esposa do deputado estadual Cleiton Collins (PP), após uma publicação de Michele no Facebook, sobre orixás.
Além de denúncia no Ministério Público do Estado (MPPE), que resultou em um inquérito, o PSOL também apresentou uma denúncia na comissão de ética da Câmara de Vereadores, que foi arquivada. “Iniciativa desproposital e exagerada.
O arquivamento foi justo, sobretudo por se tratar de manifestação de um parlamentar.
Ninguém pode ser classificado de intolerante pelo fato de professar sua própria fé, ainda que divirja ideologicamente da fé alheia”, ponderou o juiz federal em uma rede social, nesta sexta-feira (2).
O magistrado fez questão de registrar que “incômodo ideológico não se confunde com intolerância religiosa”.
Michele Collins recebeu solidariedade, após a investida do PSOL.
Representantes de mais de 200 igrejas e entidades religiosas católicas e evangélicas do Estado estiveram nesta segunda-feira (05), em defesa da vereadora, com a argumentação de defesa da liberdade de expressão e religiosa.
Uma carta aberta com quase 300 assinaturas foi entregue ao MPPE com o título “Carta aberta ao Ministério Público do Estado de Pernambuco sobre o temerário julgamento de supostas violações de liberdade religiosa”. “Do ponto de vista estritamente jurídico a imputação articulada não tem a relevância técnica com que se idealizou a conduta da vereadora, por mais inábil politicamente que ela tenha sido em sua fala”, diz o juiz federal Roberto Wanderley Nogueira, em sua avaliação jurídica.