O senador Fernando Bezerra Coelho, que tenta ficar com a presidência do MDB em Pernambuco, afirmou neste sábado (3), em Caruaru, no ato da oposição a Paulo Câmara (PSB), que o grupo “vai ter um nome” do partido na próxima reunião, marcada para 7 de abril. É prevista para esta quarta-feira (7) a apresentação e votação do parecer sobre o processo de intervenção da Executiva Nacional no diretório local.

LEIA TAMBÉM » Oposição anuncia que terá candidato único contra Paulo Câmara Raul Henry, vice-governador de Paulo Câmara e atual presidente estadual do partido, recorreu mais uma vez à Justiça para tentar não perder o comando.

Se a decisão judicial não for tomada até lá, Romero Jucá (RR), presidente nacional, poderá colocar o relatório em votação.

A dissolução pode ser definida por maioria simples e, atingindo dois terços, não cabe recurso.

Entenda a briga no MDB de Pernambuco Em articulação com Jucá, Fernando Bezerra Coelho deixou o PSB e se filiou ao MDB em setembro do ano passado, com a promessa de tomar o comando de Henry.

Enquanto o vice-governador é um dos principais aliados de Paulo Câmara, FBC faz oposição ao governador.

Com o comando do partido, Fernando Bezerra Coelho conseguiria levar o MDB, que garante o maior tempo de televisão, da coligação socialista.

Com a movimentação de Jucá para intervir no diretório de Pernambuco, Raul Henry foi à Justiça no Estado e em Brasília para evitar que perca a presidência da sigla.

Ele obteve duas decisões favoráveis em outubro, revertidas por FBC em primeira instância em janeiro.

Ainda no mês passado, o vice-governador conseguiu mais uma liminar em seu favor.

Jucá acionou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, para tentar resolver a questão judicial.

Apesar das decisões sobre o primeiro pedido de intervenção, foi iniciado um novo processo.

O segundo pedido foi do advogado criminalista Golbery Lopes, desafeto político de Raul Henry.

Críticas a Paulo Câmara Em meio à disputa, Fernando Bezerra segue como uma das lideranças do grupo de oposição “Pernambuco quer mudar”, que vai lançar candidatura contra Paulo Câmara.

O próprio FBC pode ser o candidato, que deve ser anunciado até o dia 20 de abril.

No evento deste sábado, o senador voltou a criticar o socialista, principalmente na segurança pública e na saúde fiscal do Estado. “Disseram que, por ser auditor do Tribunal de Contas e ex-secretário da Fazenda, as contas de Pernambuco estariam organizadas.

Estamos ameaçados de ter recursos sequestrados.

Só não terá porque eu e Armando (Monteiro Neto, do PTB), lá no Senado Federal, votamos a renegociação das dívidas, que permitiu a Pernambuco economizar R$ 230 milhões”, disse. “Esse governador que esta aí, durante o período de crise, não demonstrou nenhuma qualidade para merecer o voto de confiança dos homens e das mulheres do meu Estado.”