Mesmo econômica nos elogios, de uma forma geral, a jornalista Miriam Leitão citou a educação de Pernambuco como exemplo no Brasil, ao falar sobre as perspectivas econômicas do Brasil, em evento nesta manha de sexta-feira, no RioMar com o Mercado.
Ao falar dos desafios na educação, a jornalista comentou que Pernambuco está na frente, por ter apostado em escolas integrais.
Ela chegou a visitar o Estado duas vezes, uma delas para conversar com estudantes do Ginásio Pernambucano, onde a evasão escolar é zero. “Pernambuco tem o melhor Ideb do ensino médio. É onde a gente perde as crianças, e a evasão muitas vezes leva ao crime, as crianças perdem o seu futuro”, comentou.
Por aqui, as horas/aula no ensino médio somam 6,2 em média.
No Brasil, mesmo em São Paulo, somam 4,9 horas/aula.
No caso do GP, Miriam Leitão disse que gostou de duas experiencias em especial.
Numa delas, chamada de sessão de acolhimento, jovens alunos são recebidos por ex-alunos que se formaram e deram certo na vida. “Eles vão á mostrar para as crianças que é possível e que a educação é o caminho” Outra experiência é uma espécie de planejamento de vida, onde os jovens são desafiados a imaginar o que querem ser, no entanto, igualmente começam a discutir as etapas intermediárias, o que precisa ser feito para sair do papel. “Sonhar é lindo, mas precisa de estratégia.
Tudo isto faz com que os jovens fiquem na escola” A jornalista elogiou também a educação municipal em Brejo Santo, no interior do Ceará.
Ela contou, entre risos, que viu uma criança pular o muro da escola rural para entrar na escola e que antes só havia visto o inverso, para alguma criança fugir.
Naquela cidade, o Ideb é 8,1, enquanto no Brasil é média de 5,3. “O que Brejo Santo pode fazer que o Brasil não pode copiar”, disse. ‘O sucesso ensina’, filosofou, mas sem se alongar em exemplos.
Emoção ao falar do pai No evento, a jornalista concluiu sua palestra falando de educação e se emocionando ao falar do pai, que alfabetizou-se aos 11 anos, em Garanhuns, no colégio 15 de novembro, depois de trabalhar como servente, aos 11 anos.
Depois, mudou-se para Minas Gerais, onde já pastor presbiteriano, abriu duas escolas. “Eu sou o resultado da educação do meu pai”, falou, com lágrimas nos olhos e voz embargada. “Sem a educação, a gente perde o futuro.
Precisamos de inteligência, é o que move o mundo.
Precisamos de mentes bem preparadas.
A educação forma pessoas plenas, não apenas bons trabalhadores, trabalhadores eficientes”, comentou.