As conversas entre a cúpula do PT de Pernambuco e o Palácio do Campo das Princesas estão a “todo vapor”.
As lideranças nem fazem mais questão de esconder o “jogo” na imprensa.
João Paulo, atualmente sem mandato, é apontado como nome do PT para compor a chapa majoritária da Frente Popular em Pernambuco.
Há resistências internas no partido.
O inusitado é que foi o próprio João Paulo quem liderou os embates com o PSB de Paulo Câmara, nas duas últimas eleições, em 2014 e 2016.
Em 2016, candidato a prefeito do Recife, João Paulo chegou a forçar um segundo turno contra o prefeito Geraldo Júlio (PSB), que buscava a reeleição.
Em 2014, candidato ao Senado na chapa para governador de Armando Monteiro (PTB), João Paulo também fez duros ataques ao PSB e à pessoa do governador Paulo Câmara.
Algumas das declarações de João Paulo sobre a pessoa do governador, em 2014, foram “tão fortes” que renderam um processo criminal por parte de Paulo Câmara no STF.
João Paulo era deputado federal na época e tinha foro privilegiado no Supremo.
As declarações foram dadas por João Paulo na TV Jornal. “Imputa-se ao notificando a difusão por meio do programa Ponto Final, transmitido pela TV Jornal/SBT e rádio JC news, de frases ou alusões que o Interpelante afirma possuírem caráter dúbio e supostamente ofensivas à sua honra, que necessitam melhor explicitação por parte de seu autor.
Para tanto, valendo-se do disposto no art. 144 do Código Penal, pede seja o Interpelado devidamente instado a elucidá-las, sob pena de, não o fazendo, ou não dando explicações satisfatórias, responder pela ofensa”, disse em despacho o relator do processo, ministro Dias Toffoli.
João Paulo chegou a apresentar explicações no processo, em julho de 2014.
Posteriormente, Paulo Câmara não quis dar seguimento no processo-crime e os autos foram arquivados em 2016, segundo o andamento processual oficial do STF.