O motorista A.T, de 60 anos, foi contratado em Dourados, cidade de 215 mil habitantes no Sudoeste do Mato Grosso do Sul.
Deveria dirigir o caminhão já carregado que seu contratante lhe confiou e entregá-lo a um destinatário na BR-040, próximo ao Rio de Janeiro.
Receberia R$ 3 mil pelo trabalho, assim que chegasse ao destino final.
Foi o que disse o motorista ao ser preso pela Polícia Rodoviária Federal no fim da tarde da segunda-feira (26), numa blitz montada no quilômetro 23 da BR-262, em Três Lagoas.
A.T. já havia dirigido por mais de seis horas e percorrera 460 quilômetros desde que recebeu o serviço.
Segundo as autoridades, ao ser parado na blitz, A.T. demonstrava nervosismo.
Gaguejava.
Respondia com insegurança às perguntas dos inspetores da PRF.
O documento do caminhão continha sinais de falsificação.
Os policiais decidiram, então, investigar.
Bingo: escondidos no compartimento de carga, havia seis toneladas de maconha, 3,5 mil munições calibre 7,62mm e 42 frascos de lança-perfume.
O homem foi preso e encaminhado para a Polícia Federal de Três Lagoas.
Lá, interrogado, ele e as informações que detém serão usados na investigação de combate ao crime organizado contra as facções que vendem drogas e promovem violência, especialmente no Rio de Janeiro. Égide A prisão de A.T. e da carga criminosa que levava faz parte da Operação Égide, montada em julho do ano passado desde a fronteira do Brasil com Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina e nas divisas dos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. “A ideia é montar um cerco em torno do principal mercado de drogas do país – o Rio de Janeiro –, desde a fronteira até as cercanias da cidade.
Assim, há três ondas de operações.
A primeira foi montada nas fronteiras.
Começa no Mato Grosso do Sul e desce pelo Paraná e Santa Catarina até o Rio Grande do Sul.
A segunda, país adentro, abrange os estados de Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo.
A terceira fica no Rio de Janeiro propriamente dito”.
Desde então, o Governo Federal vem atuando de forma sistemática para impedir a entrada de drogas, armas e munições para o crime organizado.
Desde que foi iniciada, a Operação Égide já prendeu mais de 12 mil pessoas, apreendeu 182 toneladas de maconha, mais de quatro toneladas de cocaína e crack, 868 armas de fogo, entre elas dezenas de fuzis de assalto e mais de 147 mil munições de vários calibres.
A maior parte das prisões e apreensões acontecem nas primeira e segunda ondas da operação.
O ministro da Justiça, Torquato Jardim, afirmou que uma parte importante da luta contra o crime organizado é a tática de asfixia logística. “Se impedimos o abastecimento da mercadoria que vendem e das armas que usam, nós enfraquecemos as quadrilhas.
Elas têm menos munição para atirar e, com estoque de drogas sob pressão, menos dinheiro para financiarem sua guerra”, diz.
Armas Um arsenal de guerra foi apreendido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em uma blitz na rodovia Presidente Dutra (BR-116), em Seropédica, na Região Metropolitana do Rio.
Dezenas de fuzis, pistolas, acessórios para armas e milhares de munições foram capturadas.
O material seria entregue no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio.
O flagrante aconteceu no final da manhã desta segunda-feira (26).
Policiais rodoviários federais faziam uma blitz na altura do pedágio, quando suspeitaram do motorista de uma Strada e decidiram abordá-lo.
O suspeito estava bastante nervoso, o que aumentou a desconfiança.
Com auxílio dos cães farejadores, os policiais descobriram que algo de errado estava sendo transportado em cilindros na caçamba do veículo.
Quando abriram os cilindros foram encontrados 12 fuzis, 33 pistolas, 106 carregadores, uma granada e aproximadamente 40 mil munições.
O motorista, de 23 anos, confessou que trazia o material de Foz do Iguaçu, no Paraná.
Ele disse ainda que entregaria na comunidade da Nova Holanda, em Bonsucesso, no Complexo da Maré.
A ocorrência foi encaminhada à Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme).
A ação faz parte da operação Égide, que reforça o policiamento nas rodovias federais do estado.