O deputado Rodrigo Novaes (PSD) levou à tribuna, na Assembleia Legislativa, a situação do sistema penitenciário brasileiro.
Na ocasião, o parlamentar sugeriu a realização de um debate para encontrar alternativas que impeçam a movimentação do crime organizado nos presídios.
Além da presença da sociedade, Novaes recomendou a participação do Ministro da Defesa, Raul Jungmann, que assumiu o recém-criado Ministério da Segurança Pública, e do secretário da Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico. “O sistema prisional tem o papel de ressocializar e reintegrar o indivíduo à sociedade, mas isso é um sonho que está no papel.
O que acontece no Brasil é que os criminosos são protegidos pelo estado e comandam lá de dentro a vida aqui foral”, disse o vice-líder do governo.
Pare ele, o tráfico de drogas, os grupos de extermínios, e as quadrilhas especialistas em assaltos a banco, tudo é monitorando dentro dos presídios. “Não duvido que muitos prefiram estar presos, longe dos perigos das ruas e das facções inimigas.
Pois, eles continuam agindo internamente e fazendo mal a sociedade”, enfatizou.
O parlamentar disse acredita que deva existir “um pacto obscuro” do estado brasileiro com os presidiários. “Não querem enfrentar essa situação para não ter como resultado rebeliões e daí ficar escancaradas as mazelas do sistema penitenciário.
Não se mexe com eles, e eles continuam morando lá fazendo o que querem, mas calados.
Só sabem o que se passa os que convivem com essa dura realidade”, afirmou.
Segundo Novaes é necessário que os detentos cumpram o tempo com dignidade. “O Estado precisa exercer seu verdadeiro papel e os presos tenham as suas obrigações para que saiam de lá com condições de voltar ao convívio social".
O deputado disse querer que se discuta amplamente o assunto. “Vamos debater nesta Casa Legislativa esta questão e se preciso criar uma Comissão para visitar os presídios pernambucanos, elaborar sugestões e identificar o que está faltando.
Temos que enfrentar, se permitirmos deixar como está, vamos sempre enxugar gelo e continuar vendo os crimes acontecerem”, afirmou.