Pelo mau caminho Por Bruno Araújo, em artigo enviado ao Blog de Jamildo Existe uma correlação entre queda dos investimentos públicos estaduais e explosão da violência.
Para termos uma ideia, de todos os estados brasileiros, o maior tombo nos investimentos entre 2016 e 2017 ocorreu exatamente no Rio de Janeiro, que está sob grave intervenção militar.
Outros estados que cada vez menos conseguem investir são Rio Grande do Norte e Ceará.
Todos vivem problemas na segurança pública e passaram por carnificinas recentes.
Pernambuco, infelizmente, está indo para o mesmo caminho.
Os investimentos públicos caíram 5,6% entre 2016 e 2017, mesmo com aumento de arrecadação, segundo uma análise junto aos relatórios de execução orçamentária feita pelo jornal Folha de S.
Paulo.
Menos recursos para investimento significa falta de dinheiro para estradas, novas escolas, equipamentos de saúde e, é claro, para combater a criminalidade.
Os 5,4 mil assassinatos que ocorreram no estado ano passado provam isso.
A verdade é que nossa taxa de homicídios atual é mais alta do que a do Rio de Janeiro.
A insegurança é sem dúvida hoje a principal preocupação do pernambucano.
Mesmo que não esteja atento aos índices e números, ele sente os riscos no dia a dia.
Uma simples olhada no celular no meio da rua é percebida como um ato arriscado.
Dentro do transporte público, donas de casas temem por seus pertences pessoais.
Andar à noite em seu próprio bairro tornou-se uma aventura.
Relatos sobre crimes que vitimam amigos, vizinhos, colegas de trabalho, tornaram-se rotina nas conversas, tanto na capital como no interior.
Por tudo isso, esse rumo de contas públicas em desmantelamento que o governo de Pernambuco adotou precisa ser corrigido urgentemente para o bem da população. É preciso sabe gastar menos e investir mais.
O mau exemplo do Rio de Janeiro está aí.
Bruno Araújo, advogado, é deputado federal Bruno Araújo não foi o primeiro a criticar o socialista nesta área.
Vice-líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) subiu à Tribuna da Casa, nesta terça-feira, para afirmar que a intervenção federal no Rio de Janeiro é “necessária e corajosa”, motivada pela rotina de descontrole da segurança pública e o comprometimento da ordem pública naquele estado.
Ao defender que o decreto de intervenção (nº 4/218) fosse apoiado pelo Senado – a exemplo da aprovação da matéria pela Câmara dos Deputados, na madrugada do dia anterior– Fernando Bezerra Coelho observou que as medidas adotadas no Rio sinalizam para a abertura de precedentes a ações similares em outras regiões do país, como em Pernambuco. “No meu estado, por exemplo, a criminalidade tem avançado de modo alarmante, com indicadores até piores", destacou o senador, reforçando que a questão da segurança pública é um problema “que precisa ser encarado de frente, com seriedade, sem demagogia”.
Conforme pontuou o vice-líder, Pernambuco registrou o recorde histórico de mais de 5,4 mil homicídios, ano passado.
Para Bezerra Coelho, o atual cenário no estado também não demonstra melhorias em curto prazo. “Este foi o segundo janeiro mais violento na história do Pacto pela Vida, criado em 2007”, ressaltou.
Na Tribuna, o senador analisou o que ele classificou de “acentuada deterioração da segurança pública” em Pernambuco, também ocasionada pela “ineficiência da atividade investigativa” no estado. “Somente 32% dos quase 5,1 mil inquéritos de homicídios abertos em 2017 foram solucionados”, observou Fernando Bezerra, reafirmando incondicional apoio a ações que possam melhorar a segurança pública pernambucana.
O Decreto 4/2018 entrou na pauta do Senado para ser votado, em sessão extraordinária, logo depois.