Estadão Conteúdo - O presidente do DEM, senador José Agripino (RN), considera difícil a aprovação do projeto que trata da privatização da Eletrobras no Congresso este ano. “Por ser ano eleitoral, ao longo do primeiro semestre, não vai ser fácil a aprovação.
Tem muitos questionamentos”, afirmou ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Na segunda-feira (19), o governo anunciou a proposta como uma das prioridades para serem aprovadas pelo Legislativo este ano.
O pacote com 15 pontos foi apresentado como alternativa à suspensão da reforma da Previdência.
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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), determinou nesta terça-feira a criação de uma comissão especial para analisar o projeto na Casa.
O colegiado será composto por 35 membros titulares e 35 suplentes.
Banco Central Agripino foi mais otimista em relação ao projeto que prevê a autonomia do Banco Central, que também faz parte do pacote alternativo do governo. “Sempre fomos favoráveis à autonomia do Banco Central.
O nosso partido tem posição muito clara com relação a esse ponto.
Estamos inteiramente acordes com relação a isso.” » Privatização da Eletrobras pode atrasar com intervenção no Rio » Senador Hélio José protocola pedido de criação de CPI da Eletrobras » Acionistas aprovam privatização de seis distribuidoras da Eletrobras Agripino admitiu que o tema divide opiniões no Congresso, mas considera que apenas a oposição vai se posicionar contra a matéria. “A oposição vai fazer a posição dela de ficar contra, mas vai ficar contra por ficar contra.
Acho que tem chance de passar.” O pacote anunciado pelo governo inclui ainda uma simplificação da cobrança do PIS/Cofins e a implementação efetiva do cadastro positivo (lista de bons pagadores que em tese reduziria os custos dos empréstimos).
Foram incluídos ainda um novo marco legal de licitações e contratos, programa de recuperação e melhoria empresarial das estatais e atualização da Lei Geral de Telecomunicações.