Acusada pelo advogado Antônio Campos de aumentar tarifas acima da inflação, a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) rebateu em nota nesta terça-feira (20).

A empresa afirmou que os preços foram reajustados em 42%, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 82,1% e o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), 89,4%.

Na ação, Campos usou como argumento o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Leia a nota da Celpe A Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) esclarece que os índices de reajustes da tarifa de energia elétrica no Estado, na última década, estão abaixo da inflação registrada no período.

Nos últimos 10 anos, o IPCA aumentou 82,1% e o IGP-M, 89,4%, até a data da última alteração tarifária.

Enquanto isso, as tarifas praticadas pela Celpe tiveram variação de 42% para os clientes residenciais, cerca da metade dos indicadores oficiais de inflação.

Os dados são públicos e constam no site da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A própria agência reguladora, por meio do voto do diretor André Pepitone, no processo tarifário de 2017, ilustrou no gráfico (ver abaixo) a evolução das tarifas da classe residencial nos últimos 10 anos em Pernambuco, abaixo da variação do IGP-M e do IPCA no mesmo período.

Por se tratar de uma empresa regulada, a Celpe obedece às determinações da Aneel aplicadas a todas as distribuidoras de energia do País.

Todos os índices de reajustes tarifários são definidos pelo órgão regulador após serem submetidos a rigorosos processos administrativos, em conformidade com a legislação do setor elétrico e o contrato de concessão.

Adicionalmente, a Celpe informa que não foi citada da ação judicial.