O advogado Antônio Campos anunciou, nesta terça-feira, que entrou com uma ação popular contra o aumento de energia da Celpe.

Nas argumentações, o advogado sustenta que a Celpe vem reajustando suas tarifas acima da inflação e tendo ganhos arbitrários, em cima dos consumidores, desde a sua privatização em 2000. “Nos últimos 17 anos, a Celpe reajustou em 195,46% a tarifas de energia, para uma inflação de 115,21%, sendo o percentual em 80,25% superior a inflação desde a privatização.

Nos últimos 10 anos, tivemos um reajuste de 78,85% para uma inflação de cerca de 61,05% no mesmo período, com um aumento de cerca de 18% acima da inflação, nos últimos 10 anos.

Ou seja, após a privatização a Celpe as tarifas de energia elétrica subiram além da inflação, em patamar superior a 15%”, escreve.

Na ação, também discute supostas ilegalidades na metodologia empregada pela ANEEL para definir os reajustes e as reposições da tarifa de energia elétrica, com base no estudo do TCU. “Essa discussão é atual porque demonstra que a privatização da Celpe não gerou ganhos para os consumidores, sendo os reajustes abusivos e superiores a inflação.

Certamente a privatização da Eletrobrás, se efetivada, agravará tais perdas por parte dos consumidores” , disse o autor e advogado da ação Antônio Campos.

No seu primeiro ano de mandato, o irmão do advogado, o ex-governador Eduardo Campos, usou o nome da antiga estatal como inimiga da população pernambucana.

Além de eleitoreira, a manobra era uma maneira de atacar o então adversário Jarbas Vasconcelos, que havia realizado a privatização e usado os recursos em obras, como a duplicação da BR 232.

Arraes havia tentado vender a estatal, mas a oposição conseguiu barrar o processo, freando o repasse de mais de R$ 700 milhões por parte do BNDES, na gestão FHC.