Após se abster de votar contra ou a favor da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, o senador Humberto Costa (PT-PE), líder da oposição na Casa, criticou o governo Michel Temer (MDB) por causa da medida. “Essa decisão do governo foi tomada muito mais pelo calor do debate e pelas cenas do Carnaval do que efetivamente por algo organizado e planejado.

O governo demonstra alto grau de desorganização e a intervenção não é baseada em evidências e dados sobre a criminalidade no Rio”, afirmou o petista.

LEIA TAMBÉM » Confira como devem votar os deputados pernambucanos a intervenção no Rio » Parecer está pronto e é favorável, diz relatora do decreto de intervenção » Jungmann diz que população do Rio ‘aplaude de pé’ intervenção » Oposição promete obstruir votação de intervenção no Rio Além do pernambucano, o líder da oposição na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), se absteve na votação.

Segundo eles, porque as bancadas ainda não decidiram a posição sobre o decreto.

Todos os outros integrantes dos dos conselhos da República e de Defesa Nacional, reunidos nesta segunda-feira (19), foram favoráveis à intervenção.

Na prática, os colegiados não têm poder de veto.

A medida será analisada pela Câmara dos Deputados na sessão desta noite e, sendo aprovada, pode ser apreciada pelo Senado na terça-feira (20). » Ministro da Justiça descarta intervenção federal no Ceará » Relatora da intervenção no Rio aponta falta de dados no decreto de Temer » Intervenção será em cooperação com o Rio, diz Temer Na reunião, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, argumentou que a intervenção foi adotada por motivos como o controle de comunidades pelo crime organizado e a interrupção de aulas por causa de trocas de tiros.

Foto: Alan Santos/Presidência da República - Foto: Alan Santos/Presidência da República Foto: Alan Santos/Presidência da República - Foto: Alan Santos/Presidência da República Foto: Alan Santos/Presidência da República - Foto: Alan Santos/Presidência da República Foto: Alan Santos/Presidência da República - Foto: Alan Santos/Presidência da República Foto: Alan Santos/Presidência da República - Foto: Alan Santos/Presidência da República Foto: Alan Santos/Presidência da República - Foto: Alan Santos/Presidência da República Foto: Alan Santos/Presidência da República - Foto: Alan Santos/Presidência da República Foto: Alan Santos/Presidência da República - Foto: Alan Santos/Presidência da República Foto: Alan Santos/Presidência da República - Foto: Alan Santos/Presidência da República Foto: Alan Santos/Presidência da República - Foto: Alan Santos/Presidência da República Foto: Alan Santos/Presidência da República - Foto: Alan Santos/Presidência da República Foto: Alan Santos/Presidência da República - Foto: Alan Santos/Presidência da República Foto: Alan Santos/Presidência da República - Foto: Alan Santos/Presidência da República Foto: Alan Santos/Presidência da República - Foto: Alan Santos/Presidência da República O auxiliar de Temer revelou também que o governo pediu um mandado de busca e apreensão de captura coletiva. “Isso é uma ordem judicial que já foi empregada outras vezes no Rio de Janeiro e estamos peticionando que volte a ser utilizada em alguns lugares.

Em lugar de você colocar rua tal, quadra tal [no mandado], você vai dizer uma rua inteira, uma área ou um bairro.

Em lugar de ser uma casa pode ser uma comunidade, um bairro.

Isso tudo com a máxima transparência, com a participação do Ministério Público e obviamente que só podemos fazê-lo se tivermos uma ordem judicial para tanto”, explicou à Agência Brasil. » Confira o passo a passo do decreto de intervenção no Rio no Congresso » Intervenção no Rio não deveria impactar reforma, diz Alckmin » Previdência não será única PEC parada durante intervenção no Rio » Sem Previdência, intervenção no Rio vira ‘última cartada’ de Temer Para Humberto Costa, porém, não foram apresentados dados concretos que justificassem a intervenção.

Segundo o líder da oposição, Jungmann “se limitou a mostrar quatro matérias de jornais” para explicar os motivos da ação.

Além disso, afirmou que o governo não respondeu questionamentos sobre o resultado de outras operações realizadas pelas Forças Armadas no Rio e a previsão de gastos orçamentários para executar a medida.

Além do relatório que será votado na Câmara esta noite, favorável à intervenção, a deputada Laura Carneiro (MDB-RJ) deve sugerir que a Presidência da República apresente recursos financeiros para execução da intervenção e de ações de assistência.