Uma força-tarefa formada por 26 policiais federais e 10 agentes da Força Nacional de Segurança Pública embarcou, na noite deste domingo (18), para o Ceará.

O grupo irá reforçar operações conjuntas de inteligência, pelo tempo que for necessário, em apoio à Polícia Militar, à Polícia Civil e ao sistema penitenciário do estado.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Torquato Jardim, esteve com a equipe antes do embarque, na base aérea de Brasília.

Ele estava acompanhado do presidente do Senado, Eunício Oliveira, senador pelo Ceará; do secretário-adjunto da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJ), almirante Alexandre Mota, que coordena a operação; e do diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia.

Segundo Torquato, o envio do grupo de inteligência já estava programado. “O Ceara vive momento difícil.

O governo federal compartilha da responsabilidade de trazer a paz de volta àquela região do país.

O Ceará é, para o crime organizado, um centro geográfico.

Quem conquistá-lo, conquista o Nordeste.

Por isso a importância dessa ação de reforço”, explicou o ministro.

O coordenador da operação, almirante Mota, explicou que a equipe se reúne, nesta segunda-feira (19), com as forças de segurança cearense. “Estamos com um grupo de polícia judiciária e um comando operacional tático.

Vamos nos reunir e ouvir o que estado precisa e trabalhar em conjunto com eles”, detalhou.

O presidente do Senado agradeceu o reforço do governo federal e atenção do presidente Michel Temer e do ministro Torquato Jardim em atender prontamente o pedido de reforço feito por e pelo governador cearense, Camilo Santana.

Oliveira fez questão de explicar que a situação do estado é diferente do Rio de Janeiro. “Não se trata de intervenção nas forças de segurança do Ceará.

O que existe é um apoio e um reforço às operações de inteligência”, explicou.

Ajuda a todos os estados “O que vier de pedido de ajuda ao governo federal, iremos assistir e responder à extensão da nossa capacidade operacional e dos nossos limites de orçamentos”, garantiu o ministro da Justiça ao ser questionado sobre possíveis novas solicitações de apoio dos estados. “O crime é nacional.

Nenhum estado pode combate-lo sozinho. É preciso apoio nacional, inteligência de informação e conexão entre todos os envolvidos. É preciso que as 27 unidades federativas trabalhem juntas, sob a coordenação do MJ”, disseu o ministro.