Em mais um gesto da aliança entre PT e PSB, o ex-presidente Lula recebeu nesta quinta-feira (15), em São Paulo, Renata e João Campos, viúva e filho do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, além do governador Paulo Câmara.
Oficialmente, a visita foi em retribuição à passagem do líder petista pela casa da família Campos quando esteve no Recife durante a caravana pelo Nordeste, no ano passado. “Conversaram sobre o cenário político brasileiro e a responsabilidade do PT e do PSB com o futuro do país, e por isso a importância dos dois partidos manterem o diálogo aberto independente de alianças eleitorais.
O PT, o PSB, o PDT, o PSOL, o PCdoB e setores progressistas do PMDB criaram uma frente para discutir pontos em comum para a superação da atual crise política pela qual passa o Brasil”, afirma um comunicado no site de Lula.
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Para estas eleições, o ex-presidente admitiu que os dois partidos podem voltar a se apoiar. “Uma nova eleição está chegando e temos que ter maturidade.
Vamos disputar eleição sem alianças?”, questionou. “Nós vamos fazer aliança com quem quiser fazer e concordar com o programa”, complementou. » Aliado de Paulo Câmara defende aliança com o PT apenas no segundo turno » Marília Arraes diz que não vê governabilidade em PT apoiando PSB » Oposição aguarda definição do PT e PSB e quadro nacional, diz FBC » Contra Joaquim Barbosa, nome histórico do PSB se dispõe a disputar presidência O rompimento político entre PT e PSB nacionalmente foi antes das eleições de 2014, quando Eduardo Campos comandou o desembarque dos socialistas do governo Dilma para se candidatar à presidência.
Após a morte do ex-governador, durante a campanha, o PSB manteve a candidatura própria, com Marina Silva, e no segundo turno apoiou Aécio Neves (PSDB), contra a ex-presidente petista.
No Recife, os dois partidos brigaram dois anos antes, para as eleições de 2012, quando o PSB aproveitou uma indefinição no PT, que não lançou o então prefeito, João da Costa, à reeleição, para anunciar a candidatura do atual gestor da cidade, Geraldo Julio, reconduzido ao cargo no ano passado. » Ex-aliado dos dois, FBC diz que PT quebrou Brasil e PSB, Pernambuco » Com Ciro, PSB negocia apoio do PDT em troca de vaga para o Senado » Oposição a Paulo Câmara agradeceria uma eventual candidatura de Marília Arraes pelo PT » Partidos rejeitam proposta do PT de aliança de esquerda » ‘Quem pariu Mateus que embale’, diz Silvio após PSB reclamar de Temer Nas eleições de 2014, os petistas ficaram no mesmo palanque que o senador Armando Monteiro Neto (PTB), adversário de Paulo Câmara, e a bancada petista na Assembleia Legislativa do Estado é da oposição.
Para este ano, uma ala do partido defende a volta da aliança com o PSB, que poderia entregar a vaga de vice ao ex-prefeito do Recife João Paulo, derrotado por Geraldo Julio em 2016.
Outro grupo quer candidatura própria, entre os três nomes já colocados: da vereadora Marília Arraes, do deputado estadual Odacy Amorim e de José de Oliveira.