A Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), os sindicatos filiados e os movimentos sociais, estão convocando a ‘classe trabalhadora’ para o Dia Nacional de Paralisação, na próxima segunda-feira) em todo o Estado.
Um ato político está marcado para as 15 horas, no Parque 13 de Maio, bairro de Santo Amaro, no Recife. “Aumenta a adesão ao movimento grevista contra a reforma da Previdência que o ilegítimo e golpista Michel Temer (MDB-SP) quer aprovar a qualquer custo ainda este mês.
Se for aprovada, a reforma acaba com a aposentadoria de milhões de brasileiros que terão dificuldades para cumprir as novas regras que Temer quer impor”, diz a entidade.
A votação está prevista para começar a ser votada no dia 19, 20 ou 21 de fevereiro na Câmara dos Deputados, se a base aliada garantir os 308 votos necessários para aprovar a proposta de Emenda Constitucional. “Não votaram até agora porque não têm votos.
Os deputados estão com medo de aprovar essa proposta nefasta e não serem reeleitos”, disse acreditar o presidente da CUT, Vagner Freitas. “A campanha “se votar, não volta”, feita sem recursos, que contou apenas com o trabalho incansável e determinação da militância e dos dirigentes que foram a aeroportos, as bases dos deputados e em todos os espaços públicos onde eles estiveram nos últimos meses fez mais efeito do que a montanha de dinheiro que o governo distribuiu e que as campanhas milionárias do Temer nas rádios e TVs.
Temos de aumentar ainda mais a pressão nos deputados.
Quem aprovar o fim da aposentadoria pode vestir o pijama pois pra Brasília não volta.
Nunca mais vai ser eleito”, disse Vagner Freitas. “A greve é a única resposta da classe trabalhadora contra a nova ofensiva de propaganda mentirosa do golpista e ilegítimo Michel Temer para acabar com o direito de se aposentar com dignidade.
Já está consolidado que não existe rombo ou déficit, através da CPI na Previdência”, disse acreditar o presidente da CUT-PE, Carlos Veras. “O que existem são dívidas milionárias de empresas que não pagam, muita sonegação, renúncia fiscal e desvio de 30% dos recursos por mês para outras áreas, através da Desvinculação das Receitas da União (DRU).
Nos últimos 15 anos, o Governo Federal deixou de arrecadar mais de R$,4, 7 trilhões com desvios, sonegações e dívidas.
A reforma da previdência não corta privilégios, mas retira direitos e desmonta a previdência pública para favorecer os planos de previdência dos bancos, que financiaram o golpe e querem aumentar ainda mais os seus lucros e a exploração contra a classe trabalhadora”, afirmou Veras.