Estadão Conteúdo- O triplex do Guarujá, pivô da condenação do ex-presidente Lula a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, foi avaliado em R$ 2,2 milhões.

A análise do imóvel foi ordenada pelo juiz federal Sérgio Moro em 29 de janeiro.

Laudo da Justiça apontou que o imóvel tem uma área privativa de 215,2 m² e uma área comum de 82,692m². “No primeiro pavimento há uma sala com varanda, cozinha e área de serviço, lavabo e uma suíte (conforme informações da Sra Mariuza, da empresa OAS, a suíte não existia na planta original, havendo modificação para inclusão deste dormitório)”, aponta o relatório. “No segundo pavimento existem três quartos compactos (sendo um deles suíte), um banheiro e um hall de distribuição.

Já no terceiro pavimento, além de uma sala, fica a parte externa do imóvel, com área de churrasqueira e piscina.” Segundo o laudo, o triplex tem “piso frio em todos os cômodos e armários planejados nos quartos, cozinha, área de serviço, área externa e banheiros”.

A oficial de Justiça indicou que havia no local “um fogão, um exaustor e uma geladeira, sem uso e desligados”. “Existe um elevador que integra os três andares, sendo que não foi possível verificar seu funcionamento visto que a luz da unidade não está ligada.

Imóvel e móveis (armários e camas) em bom estado de conservação, com exceção dos móveis da área externa (coifa e armários), que apresentam sinais de desgaste e ferrugem”, relatou a oficial de Justiça.

O relatório apontou ainda que o triplex tem “localização privilegiada, em frente da praia, no bairro Jardim Astúrias”.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil PGR se manifesta contra pedido da defesa de Lula para evitar prisão A procuradora-geral da República Raquel Dodge se manifestou contra habeas corpus preventivo da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Advogados recorreram ao ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal para evitar a prisão do petista por execução de sua pena de 12 anos e 1 mês imposta pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região no caso triplex.

A procuradora-geral defende que o ministro não conheça o habeas já que o mesmo pedido ainda não foi julgado pelo Superior Tribunal de Justiça.

No mérito, Raquel saiu em defesa da execução de penas após decisões de segunda instância, considerada constitucional pelo STF desde 2016.

A defesa do ex-presidente, no entanto, argumenta que a decisão do Supremo, de 2016, não é vinculante, ou seja, não necessariamente tem repercussão geral no Judiciário.